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  • Crônicas: Mensagens Radiofônicas

    Com Paulo Roberto Ferreira (*) Alô, alô correio do interior. As mensagens radiofônicas ainda hoje são muito utilizadas na Amazônia. As populações ribeirinhas têm o hábito de ligar o aparelho receptor em determinada emissora que transmitem os “recados” aos destinatários que vivem distantes dos seus familiares ou para comunicar uma informação urgente a uma determinada comunidade. Os avisos são transmitidos do mesmo jeito que o emissor escreve, simples, e terminam quase sempre com o bordão: “quem ouvir esta mensagem, favor retransmitir ao seu destinatário”. Ficou famosa a mensagem enviada pela Rádio Difusora de Macapá, por um integrante de uma comunidade do município de Chaves, na ilha do Marajó: “atenção vereador Fulano de Tal, favor devolver os pregos da nossa comunidade”. O cineasta Gavin Andrews foi à emissora, pediu para ver a mensagem, identificou a comunidade e rumou de Macapá (AP) até Chaves (PA). Lá ficou sabendo que um vereador passou pela vila e como precisava reformar o trapiche do seu povoado, pediu emprestado o pacote de pregos, comprado com antecedência e que seria usado na reforma da capela do santo padroeiro, assim que terminasse o período de chuvas. Não houve má fé, o combinado foi que quando a obra fosse iniciada, uma mensagem radiofônica seria enviada ao líder da outra vila, o tal vereador. O certo é que história rendeu o documentário chamado “Alô, Alô Amazônia”, no DOC TV, do Ministério da Cultura, em março de 2007. Ficou famoso também o radialista maranhense Almir Silva, que durante muitos anos fez a leitura de mensagens em seu programa “Alô, Alô Interior”, nas emissoras por onde passou, em Belém: rádios Guajará e Marajoara. O diferencial é que ele fazia comentários sobre os avisos. Certa vez, em pleno período da ditadura militar, transmitiu a seguinte mensagem: “Alô, Alô comunidade Rio das Flores, seu Milico manda avisar ao seu irmão, Arnaldo, que não vai poder enviar o dinheiro esta semana, porque está em dificuldades”. Comentário de Almir: “esta é a primeira vez, desde 1964, que eu vejo falar que um milico está em dificuldade”. Consta que poucas horas depois do encerramento do programa, uma patrulha do Exército foi buscá-lo para prestar esclarecimentos no quartel da 8ª Região Militar, em Belém. No Acre, o jornalista José Chalub Leite, no livro “Tão Acre”, narra alguns episódios das mensagens transmitidas pela emissora mais antiga do Estado, a Rádio Difusora Acreana. Um deles foi lido pelo locutor assim: “Atenção senhor João da Silva, no seringal Bom Destino, colocação Vai-quem-Quer. Sua esposa avisa que o negócio do cavalo só entrou a metade, mas amanhã fará todo o esforço para ver se entra a outra metade. Abraços e beijos nas crianças de seu amigo Sabá Comboieiro”. Da Rádio Rural de Santarém saiu uma mensagem destinada a um garimpeiro que há mais de três anos não dava notícias à esposa, que sabia apenas que o marido fora aventurar trabalho em Itaituba: “Alô, Alô Manoel dos Anjos, Alô, alô Manoel dos Anjos, no garimpo do Cuiú Cuiú. Tua mulher, Maria das Graças, manda dizer que se não deres notícias dentro de três meses ela se considera viúva”. O povo do Marajó fica ligado nas mensagens radiofônicas. É ali que toma conhecimento da cotação de preço de alguns produtos e até da situação de políticos que caem em desgraça. Certa vez um prefeito que teve seu mandato cassado pela Câmara de Vereadores mandou um recado ao seu principal adversário, o líder Sargentão: “Alô, alô Santa Cruz do Arari, alô, alô Santa Cruz do Arari, estou sendo vítima de perseguição. Mas não me esqueçam, porque eu vou voltar. E aí o pau vai comer na cabeça de tamuatá”. Tamuatá é um peixe cascudo, cheio de divisas, que muitos também chamam de sargento. Porém o que considero mais engraçado foi o aviso enviado por uma moça que deixou sua localidade para fazer vestibular em Belém. “Alô, Alô dona Francisquinha, alô, alô dona Francisquinha, na Vila Maiauatá. Peguei pau. Sigo buchuda pra Pari. Mande a canoa me buscar”. Buchuda era a canoa motorizada que fazia a linha entre Belém e Igarapé-Miri e passava por Pari, um pequeno porto que diminuía o tempo de viagem, em canoa de remo, até a sua vila. O que para nós, urbanos, soa estranho, não tem nenhum mistério para quem acompanha o dia a dia do “Correio do Interior”, que ainda tem uma larga audiência nas emissoras de rádio na Amazônia que alcançam as populações ribeirinhas. (*) Paulo Roberto Ferreira é jornalista, escritor e colaborador do Estante Cultural

  • Telas em Movimento promove arrecadação online para combater a covid-19 nas periferias e Ilhas de Bel

    #TelasEmMovimento Há 50 anos a Associação Grupo Comunitário Limoeiro, localizado no bairro do Jurunas, realiza ações educativas, culturais e sociais com os moradores da área na busca pela melhoria de nossas condições de vida e trabalho. Com a pandemia, as desigualdades provocadas pela faltas de políticas públicas ficaram ainda mais evidentes. “Aqui muitos são trabalhadores informais: manicures, vendedores, açaizeiros. Tem gente que já tá sem comida, tem gente que tem bebê e tá sem fralda”, explica Edina do Socorro, presidente da organização. A Limoeiro foi uma das comunidades que integrou o primeiro festival de cinema das periferias da Amazônia em 2019, o Telas em Movimento. Telas em Movimento contra a COVID-19: Diante da pandemia, o projeto resolveu se reformular e agora se organiza para auxiliar no combate à covid-19. “O objetivo da nossa ação é ajudar famílias em situação de vulnerabilidade nas periferias de Belém, ao mesmo tempo que combatemos a transmissão do vírus através de ações de comunicação comunitária nos bairros”, explicou Ariela Motizuki, uma das realizadoras do projeto. O festival também alcançou comunidades ribeirinhas do Combu, Piriquitaquara, Ilha grande e Murutucum, onde pretendem voltar agora com ações direcionadas. “Não estamos no mesmo barco. É preciso considerar que existem pessoas que estão isoladas bem antes da pandemia, à margem de direitos básicos. Foi difícil falar com as lideranças lá das ilhas esses dias, pois eles estavam sem energia elétrica”, afirmou Joyce Cursino, idealizadora. A campanha online foi aprovada pelo edital nacional Matchfunding Enfrente e, por meio da plataforma de financiamento colaborativo Benfeitoria e o Fundo Enfrete, triplica o valor doado até R$30 mil. O recurso será destinado à uma ação integrada nas periferia e ilhas de Belém através da distribuição de cestas básicas e kits de higiene, elaboração e distribuição de um manual de prevenção, mobilização de agentes de saúde e campanhas de comunicação comunitária. As doações podem ser realizadas até o dia 03 de maio através do link: https://benfeitoria.com/telasemmovimento Além da campanha de arrecadação online, o projeto também está recebendo doações de alimentos, cestas básicas, fraldas e itens de higiene, que podem ser doados através do número (91) 98256-1869. Mostras e Oficinas Online Com o intuito de incentivar o isolamento social durante a quarentena, o projeto também lançou uma mostra online de filmes chamada “#FicaNoTeuSetor”, com produções realizadas durante a primeira edição do festival em 2019. Além da mostra, o Telas traz a sua metodologia de oficinas de audiovisual para o virtual, com a série de vídeos “#ProduzNoTeuSetor” com o objetivo de ensinar produção técnica audiovisual em casa. Todos os vídeos da série e mostra de filmes podem ser conferidos nas redes sociais do projeto: @telas_emmovimento. Link para doação do Telas Em Movimento Contra a Covid 19: https://benfeitoria.com/telasemmovimento Contato para doação de alimentos e itens de higiene: (91) 98256-1869 Mais informações: (91) 993772930 Texto: Assessoria de Comunicação

  • Mostra Égua do Filme traz visibilidade ao cinema paraense

    #MostraEguaDeFilme O Amazônia Doc – Festival Pan Amazônico de Cinema está com inscrições abertas para a Mostra Égua do Filme, iniciativa que busca catalogar e disponibilizar, por meio de links, produções antigas e recentes do cinema paraense, em um só lugar. A ação se insere no movimento digital que tem se intensificado, no mundo todo, por causa dos riscos da contaminação da Covid-19, levando as pessoas ao isolamento social. “Esta é uma forma de levar entretenimento de qualidade, além de incentivar as pessoas que estão em casa a conhecerem obras de realizadores paraenses”, explica Zienhe Castro, diretora geral do Amazônia Doc. As submissão dos filmes é um processo simples, bastando preencher uma ficha de inscrição disponibilizada no endereço www.amazoniadoc.com.br, onde também será necessário deixar o link do filme e fazer o upload de materiais de divulgação do mesmo, para que a curadoria seja realizada pela equipe do Amazônia Doc. Podem ser inscritos filmes de todos os tamanhos e categorias: filmes de mistério, de paixão, animações infantis e adultas, documentários de todos os tipos. A produção cinematográfica paraense se intensifica a partir do final dos anos 1990, junto com a retomada do cinema brasileiro. O movimento de 1998, formado por um grupo de profissionais interessados em desenvolver a arte cinematográfica na região, fortaleceu e obteve conquistas como a realização do 1º e 2º Prêmios Estímulo à realização de curta metragens de Belém, a implantação do Núcleo de Produção Digital, instalado no IAP, nos anos 2000, e ainda um edital inédito do Governo do Estado, em 2008. Outras premiações como o Doc TV vieram também para incentivar a produção de documentários e naquele momento a formação da mão de obra também ganhou força aperfeiçoando práticas que refletiram-se nas equipes e resultados dos filmes que vieram em seguida e que a Mostra Égua do Filme, também pretende reunir e deixar disponível para o acesso de todos. “É importante deixar claro que não se trata de uma plataforma de streaming, mas sim reunir esses filmes que serão catalogados e terão seus links originais disponibilizados em nosso site, facilitando o acesso de todos. Esperamos com isso mostrar que temos um cinema atuante em diversas fases”, explica Zienhe. Outras novidades - Na sua 6ª Edição, prevista para ser realizada de forma presencial, no segundo semestre, o Amazônia Doc se torna um Festival 3 em 1 e passa a abranger dois novos festivais dentro do seu projeto, o 1º Curta Escolas e o 1º Festival As Amazonas do Cinema, cujas inscrições iniciam no próximo dia 20 de abril. O evento também oferece duas mostras de cinema documental Pan Amazônico, cujas inscrições seguem abertas até dia 17 de abril, com acesso ao regulamento e forma de submissão também pelo site. “Enquanto preparamos tudo para o segundo semestre, neste momento estamos investindo em ações desta natureza, digital, afim de manter um diálogo constante com os realizadores e também com o nosso público”, conclui Zienhe, referindo-se à Mostra Égua e outras iniciativas que por meio digital visam fortalecer o cinema. Serviço Informações e novidades sobre o 6º Amazônia Doc, além das submissões de filmes para integrar a Mostra Égua do Filme, pelo site www.amazoniadoc.com.br. Texto: Luciana Medeiros (91 98134.7719)

  • #PoesianaUepa promove a cultura do cuidado em tempos de pandemia

    #PoesianaUepa Os impactos da pandemia causada pelo novo Coronavírus transformaram a rotina das pessoas, criando novas formas de comportamento, trabalho e lazer em função da necessidade do isolamento social, prática que reduz o convívio e a troca de afetos. Nesse contexto, a Universidade do Estado do Pará (Uepa) iniciou a campanha #PoesianaUepa, idealizada pelas equipes do Laboratório de Artes e Humanidades Médicas e da Assessoria de Comunicação. O objetivo é contribuir para a “cultura do cuidado”, que promova o vínculo afetivo entre as pessoas tendo a arte poética como catalizadora, a partir do uso da palavra como recurso de promoção da vida. A campanha, que começou no último dia 31 de março, deve ocorrer até o final da pandemia. A curadoria é feita pela professora Luciana Brandão Carreira, coordenadora do Laboratório de Artes e Humanidades Médicas da Uepa. Desde o lançamento do projeto, já foram reunidos 80 poemas de quase 50 pessoas, entre artistas, escritores, médicos, alunos, jornalistas e advogados, entre outros profissionais. Os poemas são divulgados no perfil do Laboratório nas redes sociais (Instagram: @lab_artesehummeduepa). Os escritores Harley Dolzane e Vasco Cavalcante enviaram textos não apenas para o entretenimento, mas para oferecer algo que possa aliviar as dores ou esquecer as dificuldades concretas. “Muito tem se falado sobre como a arte é importante, porque ela, em momentos como este, nos ajuda a entretermo-nos. E isso é verdade, sobretudo se pensarmos na necessidade de nos entretermos, a necessidade de termos uns com os outros num jogo de apropriação de afetos, e a regra desse jogo parece ser a da doação”, disse o poeta Harley Dolzane. A #PoesianaUepa é “motivada por um anseio antigo de trabalhar a palavra poética como um recurso transformador no Laboratório, na busca de promover ações de humanização na área da saúde, articulando com a arte enquanto elementos educativos na formação médica. Porém, com o surgimento da pandemia do Covid-19 e o isolamento social, foi um momento decisivo para essa campanha acontecer,pois há uma convocatória afetiva por meio da escrita e da leitura como uma resposta de resistência. Portanto, ao abrirmos para a produção da comunidade paraense estamos em transformação social a partir da poesia”, afirmou a coordenadora do Laboratório de Artes Médicas da Uepa, Luciana Brandão. Fomento à cultura - “Acho a campanha maravilhosa, pois além de dar ocupação aos que estão cumprindo a quarentena nesses tempos de pandemia, ainda é fomento de cultura, promovendo a poesia de um modo geral, o autor paraense e sua obra, por meio das lives e exposições nas redes, envolvendo todas as artes. Por isso é elogiável a ideia da Uepa em promover esse projeto com postagens literárias”, destacou o escritor Vasco Cavalcante. A busca por uma reação humanizada aos problemas que a pandemia de Covid-19 trouxe ao planeta é o combustível da proposta da #PoesianaUepa, segundo o aluno da Uepa, João Vítor Tavares, do 6o semestre de Medicina. Para ele, “a campanha é muito importante para estimular o encontro com o que desenvolvemos dentro do Laboratório de Artes e Humanidades Médicas, mas, sobretudo, um contato das pessoas com a arte por meio do fazer artístico nesse momento de incertezas. Portanto, penso no projeto como uma terapia e uma forma de cuidado”. Para participar da campanha é necessário enviar um poema autoral para o e-mail lucianabrandaocarreira@gmail.com . Também é possível participar com a leitura de poema de algum autor ou autora escolhido, a partir da gravação de um vídeo de, no máximo, 50 segundos, filmado na horizontal. O interessado deve, no início da gravação, mencionar o título do poema e o nome do autor, e ao final será preciso dizer “Poemas em tempos de pandemia, campanha #PoesianaUepa”. Texto: Por Daniel Leite Júnior (Ascom UEPA) / Agência Pará

  • Poema: SER SILÊNCIO

    com Alfredo Guimarães Garcia O Acervo Cultural é o mais novo projeto do Estante Cultural em parceria com escritor e jornalista Alfredo Guimarães Garcia. Nesse vídeo, o escritor apresenta o poema "SER SILÊNCIO", versos do livro "Frutos Diáfanos". Não perca os próximos vídeos e ajude esse projeto, dando like e compartilhando nosso link. (*) Alfredo Guimarães Garcia é jornalista e escritor e colaborador deste espaço. O Acervo Cultural é o mais novo projeto do Estante Cultural em parceria com escritor e jornalista Alfredo Guimarães Garcia. Nesse primeira vídeo, o escritor apresenta versos do livro "Frutos de avanos", poema reflexivo e bem aprazível, perfeito para esse momento em que a sociedade vive

  • Diário Contemporâneo de Fotografia segue com inscrições abertas

    #Fotorafia O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia segue com suas inscrições abertas até o final do mês de Abril. Inicialmente as inscrições encerrariam dia 29 de março, mas o prazo foi estendido até dia 30 de Abril. Em 2020, o prêmio lança a sua 11ª edição. O tema escolhido “Vastas emoções e pensamentos imperfeitos”, referência direta ao romance de Rubem Fonseca, objetiva abrir espaço para estratégias diversas em que as linguagens ficcionais sejam um meio de interpretar as experiências concretas. Serão três prêmios concedidos na forma de bolsa para residências artísticas, duas delas individuais de R$10.000,00 cada, divididas entre as cidades de Recife/PE e Belém/PA, e uma residência coletiva no valor de R$15.000,00 para cinco artistas que será realizada na Ilha do Mosqueiro, vila próxima à Belém. Ao todo, participarão da mostra 20 artistas, entre os premiados individuais e selecionados. O edital com todas as informações e o link para inscrição está no site www.diariocontemporaneo.com.br . As inscrições são gratuitas e seguem abertas até 30 de Abril de 2020. A 11ª edição chega, então, como uma provocação literária aos artistas visuais. O Diário Contemporâneo é um prêmio de fotografia, mas desde a sua origem abriu espaço para trabalhos que misturam outros suportes e linguagens. E é a partir deste diálogo com as outras artes que o projeto permite-se renovar anualmente. Nas palavras de Mariano Klautau Filho, curador do projeto, “o livro de Rubem Fonseca fala essencialmente das fronteiras da ficção, em que a narrativa é constantemente atravessada pela presença do cinema na vida mental do protagonista e, portanto, tornando-se uma ferramenta de deslocamento poético para a vida real. Nesse sentido, propomos aos artistas, seja pelo impacto poético do título do livro, ou por um mergulho investigativo nas nuances do romance, que se deixem tomar por estratégias diversas em que as linguagens sejam um modo lírico, ficcional de interpretar as experiências concretas”, disse. O PROJETO O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inicia em 2020 um novo de ciclo pós dez anos de trajetória. Com a 11ª edição o projeto propõe atividades mais compartilhadas no que se refere às experiências curatoriais e à programação de palestras, cursos, conversas com artistas, conferências e oficinas. Criado em 2010, é aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país. Trata-se de um projeto nacional, que em seus anos de atuação contribuiu para a consolidação do Pará como lugar de reflexão e criação em artes, além de proporcionar o diálogo entre a produção local e nacional. SERVIÇO: O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Informações: Rua Gaspar Viana, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310, 98367- 2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Edital e inscrições no site: http://www.diariocontemporaneo.com.br/inscricoes/ Inscrições abertas até 30 de Abril. Texto: Debb Cabral (Assessoria de Comunicação)

  • TV Cultura Pará exibe animação paraense Brinquedonautas

    #Brinquedonautas #AnimaçãoParaense Nesta segunda-feira. 06 de abril, a TV Cultura Pará irá exibir a série de animação “Brinquedonautas”, uma produção totalmente paraense. A série fica na programação de segunda a sexta, sempre às 18h. A animação apresenta um grupo de crianças viajam pelo mundo, para conhecer brinquedos e brincadeiras, a bordo de um fantástico Zeppelim que também é uma brinquedoteca ambulante. Por onde passam se encontram com outras crianças, aprendem com elas novas e divertidas maneiras de brincar, descobrem novos brinquedos, resolvem problemas e conhecem diferentes visões de mundo com muita aventura e diversão. São cinco crianças muito espertas viajam em um fantástico Zeppelim conhecendo brinquedos e brincadeiras pelo mundo e fazendo amigos em lugares muito divertidos. “Cada personagem, possui uma relação diferente com os brinquedos e brincadeiras, além de colocar em foco a inclusão social por meio de personagens que apresentam necessidades especiais” destaca o Andrei Miralha um dos diretores e produtores da série. Além do Andrei, direção conta também com Petronio Medeiros. CONCEPÇÃO - A inspiração para a criação desta série foram as chamadas "ruas de lazer", prática sócio-cultural realizada em vários bairros da cidade de Belém, estado do Pará, nos anos 80 e 90, quando as pessoas, geralmente nos finais de semana ou feriados, fechavam a rua em frente às suas casas e a transformavam em lugares de brincar, com diversos jogos, brinquedos, competições, desafios e brincadeiras voltadas para crianças, mas que envolviam jovens, adultos, idosos e toda a comunidade. Brinquedonautas é uma de série de animação infantil com 13 episódios de 7 minutos, produzida pelo ILUMINURAS ESTÚDIO DE ANIMAÇÃO, de Belém do Pará. Nesta primeira temporada, viajam por vários lugares da Amazônia onde brincam com os Brinquedos de Miriti de Abaetetuba(PA), Boi de Máscara de São Caetano de Odivelas (PA), Pipas em Boa Vista (RR), Marabaixo em Mazagão (AP), Carnaval no Mangue em Curuçá (PA), Piões de Babaçu em Camiranga, uma comunidade Quilombola na fronteira do Pará com o Maranhão, Cabanas numa aldeia Ashaninka no Acre, Fantasias de Folhas numa aldeia Tembé, dentre outras brincadeiras em diferentes localidades da região norte do Brasil. A série animada trás para a televisão os encontros entre crianças como ponto central! Estes encontros revelam um pouco da linda, rica e instigante diversidade destas crianças e seus modos de ser e viver. A série convida para um mergulho no universo dos jogos, brinquedos e brincadeiras infantis de crianças das mais diferentes regiões, povos, culturas e etnias, com isso buscamos estimular a empatia, a alteridade, o gosto e respeito das crianças umas pelas outras. Nesta temporada os Brinquedonautas viajam pela Amazônia brasileira, os episódios mostram a diversidade de pessoas, culturas e modos de vida em diferentes comunidades, bairros, cidades nos diversos municípios, estados e territórios existentes na região amazônica. “Nas temporadas seguintes o zepelim viajará por outros lugares do Brasil e da América Latina, mas nessa primeira temporada a gente decidiu mostrar algumas brincadeiras da Amazônia, encontrando crianças indígenas, quilombolas, ribeirinhas, entre outras que vivem em grandes e pequenas cidades da região", ressalta Andrei Miralha. Produzido completamente em Belém do Pará com uma equipe multicultural, a série Brinquedonautas é assinada pelo Iluminuras Estúdio de Animação, que contou com a participação de mais de 50 profissionais, entre roteiristas, animadores, ilustradores, dubladoras, editores, músico, storyboarders, produtores, etc. “O estúdio contou tanto com profissionais experientes quanto formou profissionais novos, que hoje estão aptos para trabalhar no mercado de animação em qualquer parte do mundo.“ diz Otoniel Oliveira, que integrou a equipe de produção. Serviço: Exibição da Animação “BRINQUEDONAUTAS” Local: TV Cultura Pará, Canal 02. De segunda à sexta, sempre às 18h Texto: Estante Cultural com informações da produção da Animação “Brinquedonautas”

  • Circular realiza edição para ficar em casa

    #Circular #SerCircular #FicarEmCasa Neste domingo (5) será realizada uma edição especial do projeto Circular Campina Cidade Velha, que ocupará suas redes sociais com conteúdos de artistas, artesãos, cineastas, atores e contadores de histórias, fotógrafos, músicos e arquitetos, sem esquecer as dicas de comidas saudáveis, além de links e vídeos compartilhados nos feeds do Facebook, lives e stories no Instagram. Além da programação oficial, o projeto convida a todos a usarem o @circularcampinacidadevelha e as hashtags #SerCircular + # FicarEmCasa. A programação contará com postagens de meia em meia hora, das 8h às 20h. É a primeira edição digital do Circular, projeto que há seis anos vem convidando as pessoas a circular pelo centro histórico de Belém. Neste primeiro domingo de abril, quando seria realizada a sua 30ª edição na rua, o objetivo é provocar os circulantes com uma nova forma de pertencer à cidade. “Óbvio que estava todo mundo morrendo de saudade do Circular e queria poder ir para as ruas, encontrar as pessoas. Porém, entendemos, há algumas semanas, que seria complicado o que de fato se concretizou quando foi decretado o isolamento social, por causa do coronavírus e nós concordamos que devemos ficar em casa”, explicou a atual coordenadora do projeto, Adelaide Oliveira. A ideia da versão digital é que as pessoas conheçam os artistas e tenham acesso às suas produções, como já ocorre nas edições realizadas a partir de abril, sempre de dois em dois meses, nos domingo também de junho, agosto, outubro e dezembro. O calendário do projeto ainda pode ser para junho, mas isso vai depender das circunstancias e orientações da OMS. “Precisaremos ouvir as autoridades para decidirmos, mas nesse domingo a gente celebra a cidade, nessa edição excepcionalmente digital do Circular”, complementa Adelaide. Com a realização do Circular digital, o projeto segue cumprindo parte da sua missão, que é fomentar a economia da cultura, apresentando esses fazedores a um publico sempre mais amplo. “Muitas vezes tem um serviço perto de você, em um bairro vizinho até, e você não conhece. As pessoas poderão conhecer espaços novos que, nesse primeiro contato digital, podem despertar interesse para uma visita futura”, ressalta Adelaide, e conclui: “Vamos mostrar o trabalho desses empreendedores e como eles ganham a renda deles. O público poderá encomendar uma obra, por exemplo”, conclui Adelaide. Serviço O Circular Digital será neste domingo , 5 de abril, a partir das 8h. Acompanhe pelo Facebook e Instagram (@circularcampinacidadevelha). Patrocínio Banco da Amazônia e Alubar, por meio da Lei Rouanet – Ministério da Cidadania. Mais informações: www.projetocircular.com.br . PROGRAMAÇÃO 8:00 – Prática de Yoga com Tunga 8h30 - Cleber Cajún - Contação de História 9h - Cleber Canjún – Contação de História 9h30 - O lixo, os catadores e o coronavírus - Paulo Pinho - Associação Amigos de Belém 10h – Live com Michel Pinho e Goretti Tavares – Roteiros na internet 10h30 - Arte Pela Vida - Boca do Poema com o ator e diretor teatral Marton Maués 11h – Alex de Caztro e Rafael Guerreiro 11H30 - Vídeo de Homenagem ao Rui Santa Helena 12h - Boca da Terra – Prática de Cultura Alimentar 12h30 – Palhaços Trovadores #FicaEmCasa 13h – Video com Hudson Andrade 13h30 - Galeria Fábio Pina + Video Ursula Bahia 14h - Revista Circular 14h30 - Guy Veloso – Livro + Video 15h – Curta Matinta, de Fernando Segtowick (Mostra Rui Santa Helena) 15H30 – Curta “Mulheres Choradeiras”, de Jorane Castro (Mostra Rui Santa Helena) 16h – Vídeo de Renato Torres e João Urubu 16h30 - Igor Diniz - Desenhista 17h – Curta “Quando a Chuva Chegar”, de Jorane Castro (Mostra Rui Santa Helena) 18h – Bate Papo Chico Cesar e Da Tribo 18h30 – Videoclipe Paredes Libertas - Triste Rotina (videoclipe) 19h – Papo de Arquiteto – “Arte e Arquitetura” 19h30 – Ribeirinhos do Asfalto (Mostra Rui Santa Helena) 20h – Lançamento do Doc “Ser Circular É Tocar o Coração da Cidade” 20h30 - DJ Zek 21h30 – Longa Metragem “Pra Ter Onde Ir”, de Jorane Castro (Mostra Rui Santa Helena). Texto: Assessoria de Comunicação

  • Amazônia Doc lança site e mostra de filmes paraenses on-line

    #AmazoniaDoc #Filmes O 6ºAmazônia Doc – Festival Pan Amazônico de Cinema vai lançar, em abril, um novo site e também uma Mostra de filmes Paraenses on-line. “O adiamento das Mostras presenciais de filmes inéditos da Pan-Amazônia ficaram para o final do 2º semestre, como todos já sabem, é uma medida de prevenção, que faz parte de um conjunto de orientações da OMS”, diz Zienhe Castro, diretora geral do festival. Fiquem ligados em breve tem mais informações. Em abril, será realizada a “Mostra Égua do Filme”, que reunirá diversos filmes paraenses. Os que forem selecionados pela curadoria do Amazônia Doc on Line serão exibidos e também serão registrados em catálogo digital, com suas informações de produção. Interessados em inscrever seu filme, podem preencher um formulário que estará disponível no site e nas redes sociais do festival. Em maio também está prevista a realização de uma oficina gratuita de realização de documentário, em quatro módulos: Roteiro, Direção, Fotografia e Som. As inscrições abrirão em breve. As inscrições para a seleção de filmes que formarão as Mostras Pan-Amazônica e Amazônia Legal no segundo semestre, continuam abertas até dia 17 de abril. Além de filmes documentários curtas (de até 25 minutos) e Telefilmes/longas-metragens (com mínimo de 52 minutos), também serão aceitos médias-metragens até 51 minutos, que participarão da mostra competitiva juntamente com os curta-metragens. O edital completo e as informações para a submissão estão no site http://amazoniadoc.com.br . Este ano, também como inovação, a programação vai trazer mais dois festivais, a 1ª edição do Festival As Amazonas do Cinema, cuja convocatória de inscrições será de 20 de abril a 30 de maio, e o 1º Curta Escolas, que já havia iniciado as oficinas nas escolas, que foram suspensas também por medida de prevenção à Covid-19. A premiação vai contemplar curtas produzidos por Jovens do ensino médio das Escolas Públicas integrantes dos Territórios de Pacificação (TERPAZ) do Governo do Estado do Pará. Texto: Luciana Medeiros (Holofote Virtual).

  • “Te Aquieta Em Casa” abre nova etapa e garante recursos para mais artistas

    #TeAquietaEmCasa A Secretaria de Estado de Cultura (Secult), comemora o resultado do “Festival Te Aquieta em Casa”, que ocorreu em março. O grande sucesso da iniciativa fez com que a secretaria anunciasse a continuação do projeto para o mês de abril. As inscrições para a próxima etapa iniciam no próximo dia 02, selecionando mais 130 conteúdos digitais de várias linguagens e manifestações artísticas da cultura paraense. A terceira etapa, com mais 130 artistas selecionados, inicia em 15 de abril. O Festival foi lançado no dia 19 de março, pela Secult, período no qual o Estado já avia anunciado medidas importantes de distanciamento social, por conta da pandemia do novo coronavírus. Com isso, as agendas de shows, espetáculos e programações culturais previstas precisaram ser interrompidas, como os eventos onde a artista visual de Belém, Heloize Peres, de 22 anos, divulga seus trabalhos. “Eu já tinha em vista vários shows e festivais que solicitam minhas artes, além das feiras nas quais exponho. Até as encomendas que recebia foram adiadas porque os clientes preferem esperar passar esse período”, comenta. A artista visual faz parte da lista de 120 contempladas no Festival de conteúdo digital de março. Ela conta como o valor vai ajudar neste período. “Por meio dessa iniciativa, eu conheci diversos artistas que se inscreveram e também ganharam. A verba vai me dar a garantia de sobreviver um ou dois meses e passar por essa crise. Foi uma porta que se abriu para todos nós. A gente realmente não sabia o que iria fazer e para onde iríamos. Foi um auxílio muito grande”, destaca Heloize. Fazedores e fazedoras de cultura da música, contação de histórias, dança, arte digital, artes cênicas, audiovisual, teatro, cultura popular, poesia, literatura e artesanato de vários municípios paraenses também foram contemplados com a premiação de R$ 1,5 mil. A maioria das inscrições recebidas foi de Belém, mas conteúdos de municípios como Abaetetuba, Castanhal, Tucuruí, Soure, Bragança, Santarém, São Francisco do Pará, Irituia, Marabá, Parauapebas, Vígia, Salinópolis e Ananindeua também marcaram presença no Festival. Todo o processo, incluindo as inscrições, instruções e divulgação de vencedores ocorreu por meio do site e redes sociais da Secult. Nova edição – Com o grande sucesso e participação da classe artística, a partir do próximo dia 02, a Secretaria de Estado de Cultura vai abrir novamente o período de inscrições, divididos em segunda etapa (de 02 a 07 de abril) e terceira etapa (de 15 a 20 de abril). Assim como na primeira fase, a instrução, inscrição e divulgação dos selecionados será feita pela internet. Quem já se inscreveu na primeira etapa não precisa submeter inscrição novamente, pois vai continuar concorrendo. Mas a Secult esclarece que o candidato que já foi contemplado não poderá concorrer novamente, mesmo que o conteúdo seja inédito. A ideia é dar oportunidade ao máximo de artistas. No caso de candidatos que nunca prestaram serviço formal e não possuem PIS/PASEP/NIT, a Secretaria se responsabiliza pela inscrição. A secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, garante que serão mantidos os mesmos critérios e que o objetivo é atingir um público ainda maior. “Estamos aprendendo a lidar com este desafio, o mundo inteiro está. O Festival "Te Aquieta em Casa" é o primeiro edital feito neste formato e em tão pouco tempo. Demos uma resposta rápida, que ainda vem sendo calibrada. O governo está sensível à necessidade dos artistas e estamos refinando o critério, quanto ao fato de olharmos para quem vive exclusivamente da atividade cultural. Sempre de maneira equilibrada e transparente”. Inscrições - Para se inscrever, basta acessar o site secult.pa.gov.br, clicar em informativos, baixar a ficha de inscrição e enviar e-mail para artedigitalsecultpa@gmail.com. Reforçando que é preciso anexar documentos como RG, CPF, comprovante de residência, PIS/NIT/PASEP (se tiver), release (pequeno resumo da carreira do artista) e clipping (material de divulgação do artista) e colar o link do conteúdo que já deve estar publicado na página da pessoa inscrita com a #FestivalTeAquietaemCasa. Outra novidade é que os candidatos com dificuldades para efetivar sua inscrição agora poderão contar com um canal de dúvidas, via WhatsApp, de 8h às 23h. Serviço Nova fase do Festival Te aquieta em Casa Período: Segunda fase: A partir de 02 de abril Site: www.secult.pa.gov.br (Menu: Informativos) E-mail: artedigitalsecultpa@gmail.com Documentos necessários RG, CPF, PIS/NIT/PASEP (se tiver), ficha de inscrição, release (resumo da carreira), clipping (matérias ou postagens comprovando a atividade profissional). Canal de atendimento para dúvidas (91) 98531-8816 - 8h às 13h (91) 98456-8663 - 13h às 18h (91) 98532-1946 - 18h às 23h Texto: Por Josie Soeiro (SECULT) / Agência Pará

  • Poema: DO AMOR COMO FRUTO

    com Alfredo Guimarães Garcia O Acervo Cultural é o mais novo projeto do Estante Cultural em parceria com escritor e jornalista Alfredo Guimarães Garcia. Nesse primeiro vídeo, o escritor apresenta versos do livro "Frutos diafános", poema reflexivo e bem aprazível, perfeito para esse momento em que a sociedade vive. (*) Alfredo Guimarães Garcia é jornalista e escritor e colaborador deste espaço. O Acervo Cultural é o mais novo projeto do Estante Cultural em parceria com escritor e jornalista Alfredo Guimarães Garcia. Nesse primeira vídeo, o escritor apresenta versos do livro "Frutos de avanos", poema reflexivo e bem aprazível, perfeito para esse momento em que a sociedade viv

  • Crônicas: Confraria do Açaí

    Com Paulo Roberto Ferreira (*) Quatro amigos se reencontraram, esta semana, num restaurante da Estação das Docas. Um é artista plástico, o outro poeta, o terceiro professor universitário e o quarto, jornalista. Todos têm mais de 60 anos. Três tomaram chope e um bebeu água. Em meio a recordações e gargalhadas sobre episódios da vida recente, decidiram criar um grupo no WhatsApp que denominaram de Confraria do Açaí. As mensagens começaram a ser disparados ali mesmo, na mesa. O poeta e o professor trabalharam na Folha do Norte nos anos 60 do século passado. O pintor, dono do celular mais turbinado, exibia suas obras na tela do seu aparelho para os outros três que, iguais a meninos, se curvavam para admirar os novos trabalhos, espalhados por várias galerias de arte. Os temas eram amplos. A crise institucional foi abordada e todos repudiaram as articulações para um golpe político. O poeta mora há mais de 30 anos no Rio de Janeiro. Mas quando chega a Belém reúne a confraria. Dos quatro, três são autores de livros. E o pintor já produziu centenas de obras de arte. A paixão por Belém é sempre tema dos diálogos. Como também a ação dos gestores públicos que tratam com desleixo as belezas naturais da cidade. A morte do poeta Jamil Damous entrou na conversa. Jamil nasceu em Turiaçu, no Maranhão, mas foi em Belém que iniciou no jornalismo e na arte da poesia. Trabalhou no extinto Jornal A Província do Pará e também viveu mais de 30 anos no Rio de Janeiro. O artista plástico e o poeta já moraram na mesma casa, anos atrás, no bairro de São Brás. E os compartimentos da residência eram tomados de figuras surrealistas, a fase predominante do pintor, naquela época. Nilson Chaves também chegou a morar com o poeta, no Rio de Janeiro, onde Jamil costumava frequentar. E foi ali que o jornalista, aproveitando a presença dos três, fez uma matéria polêmica sobre a música paraense, nos anos 1980. Publicada no jornal “Resistência”, as provocações mexeram com o músico e poeta Paulo André Barata, que respondeu aos seus críticos na edição seguinte. Acho que o tempo já apagou as mágoas. O professor universitário, que é sociólogo e foi repórter do poderoso jornal de Paulo Maranhão, ainda escreve artigos semanais na mídia impressa. É o mais experiente de todos. Bebe cerveja que nem um adolescente e conserva o bom humor na mesa de bar. Mas, em casa, prefere tomar vinho. Sua angústia é arranjar lugar na biblioteca para acomodar os novos livros. Por isso mesmo, sempre arranja um jeito de doar alguns exemplares, num complicado exercício de desapego. Sim, porque cada obra tem uma história na vida da gente. E é sempre um sofrimento se despedir de uma sacola de livros que parte em direção a outra biblioteca. Poeta, pintor e professor já percorreram o mundo. Conheceram várias cidades. Conservam lembranças de muitas coisas. Muitas histórias. Mas Belém é o porto de chegada e partida permanente. Para onde vão levam a “cidade das mangueiras”. Que serve de inspiração, como nas “janelas” do artista plástico. Ou os “olhos de rios” do poeta, que publicou em seu “Diário de Bordo” o poema “Olho de boto”, musicado por Nilson Chaves. Amizades sólidas se fortalecem com o passar do tempo. O jornalista fica ali no meio daquelas feras, ouvindo histórias, contando piadas e recolhendo fragmentos de vivências das ilustres figuras, a fim de publicar numa crônica na Semana Santa. E se divertindo com as tiradas e irônicas brincadeiras de seus três amigos que integram a Confraria do Açaí: Geraldo Teixeira, Cristóvam Araújo e José Carneiro. Podem ficar tranquilos, meus caros parceiros de confraria, meu consumo de água não representa uma ameaça à Baía do Guajará, que ainda vai encantar muitas gerações. (*) Paulo Roberto Ferreira é jornalista e escritor e colaborador deste espaço.

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