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- Exposição e videoinstalação seguem abertos para visitação no Memorial da Cabanagem
#ExposiçãoNoMemorialDaCabanagem Mais uma etapa das obras de restauração do Memorial da Cabanagem, situado no Complexo Viário do Entroncamento, foi entregue no dia 21 de agosto, pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult). Agora, o espaço conta com área administrativa; banheiros masculino, feminino e para pessoas com deficiência; além de guarita com copa e banheiro para os guardas. Na cripta, foi aberta a exposição "Memória Cabana" e a videoinstalação "Revolução Cabana", junto a uma intervenção artística sobre os túmulos, com os nomes de 1.953 cabanos que participaram do levante popular. A gestão do espaço passou a ser responsabilidade do Governo do Estado, via Secult, no início de 2019. Desde então, o Memorial da Cabanagem já recebeu pintura, paisagismo, encaminhamento de pedestres e um novo projeto luminotécnico. A secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, esteve presente durante o ato de entrega e ressaltou a necessidade de manutenção do monumento como um símbolo de nosso patrimônio arquitetônico e de valorização da memória histórica do Pará. “Desde o início do governo, temos cuidado com carinho desse espaço, que tem o traço genial de Oscar Niemeyer - o mais importante arquiteto brasileiro da contemporaneidade. O monumento, que foi encapsulado pelo anel viário do Entroncamento e passou anos sendo um símbolo do abandono, precisa ser reapropriado pela população, visitado, pesquisado; se tornar um espaço de descobertas e aprendizados. Nesta segunda etapa da revitalização, promovemos o conforto necessário para que os visitantes se sintam bem-vindos. Os oito painéis, a vídeo instalação e a intervenção artística com os nomes de mais de 1.900 revolucionários cabanos trazem recortes importantes deste capítulo de luta social e política que tem papel fundante na identidade do povo paraense”, pontua a secretária. VISITAÇÃO A exposição estará aberta à visitação de terça a domingo, das 9h às 17h, até o mês de dezembro. A entrada é gratuita. Para o curador da mostra e diretor do Sistema de Museus e Memoriais (SIMM/Secult), Armando Sobral, é importante trazer esses espaços para sua reinserção no plano urbano da cidade e também do circuito cultural da capital. “O memorial foi um espaço extremamente prejudicado pelas diversas intervenções no seu entorno. Ele tem uma simbologia que é muito forte para nossa história, para nossa cultura, e essa exposição não vem apenas reatar a relação com o Memorial, vem fortalecer também as nossas relações identitárias com a nossa história. Esse é o grande legado que a obra de Niemeyer deixou aqui na Amazônia”, destaca o curador. Texto e fonte: Thaís Siqueira (SECULT) / Agência Pará
- Prêmio Rede Virtual de Arte e Cultura prorroga as inscrições até 8 de setembro
#PremioRedeVirtual A Fundação Cultural do Pará, por meio de sua Diretoria de Arte, estendeu o prazo para inscrições do edital Prêmio Rede Virtual de Arte e Cultura 2020. Publicada no Diário Oficial do Estado na última quinta-feira (27/08), a correção do cronograma modifica a data final para 08 de setembro de 2020. O órgão receberá as propostas até às 23h59 deste dia, por meio do link bit.ly/premioredevirtual2020fcp. Até 80 propostas artísticas e culturais inéditas - ou já produzidas, mas não publicizadas - serão premiadas com o edital. Elas devem ser concebidas em formato digital, para apresentação em plataformas virtuais e redes sociais e/ou outros meios similares, desde que gratuitos e de amplo acesso ao público. O objetivo é fomentar a produção artística e cultural paraense, sobretudo como uma alternativa diante da atual situação de pandemia. Os eixos artísticos e culturais que norteiam o edital são os de Criação, Difusão, Formação e Memória; e os conteúdos devem trazer experiências em Artes Literárias, Música, Teatro, Circo, Dança, Artes Visuais, Audiovisual, Moda, Design, Museologia, Expressões Culturais Populares e/ou Cultura Alimentar. Podem se inscrever pessoas físicas, coletivos com CNPJ e microempreendedores individuais (MEIs) - desde que sejam profissionais que atuem de alguma maneira nestas áreas e sejam residentes no Pará. Os prêmios serão de R$ 5 mil brutos, com previsão de 40% destinados aos candidatos residentes nos municípios da Região de Integração do Guajará e os outros 60% aos candidatos residentes nas demais Regiões de Integração. Os conteúdos aprovados no edital serão publicados primeiramente nas plataformas virtuais da Fundação Cultural do Pará, durante o período que vai de 3 de novembro até 9 de dezembro de 2020 (data que também foi atualizada com a correção do prazo), em uma mostra on-line organizada pela Diretoria de Artes. A íntegra do edital está disponível no portal da Fundação (fcp.pa.gov.br). Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail: dart.editais2020@fcp.pa.gov.br. Serviço: Edital de Seleção Pública Prêmio Rede Virtual de Arte e Cultura 2020 Inscrições até às 23h59 de 8 de setembro, pelo link bit.ly/premioredevirtual2020fcp Edital disponível em fcp.pa.gov.br Mais informações: dart.editais2020@fcp.pa.gov.br Texto: Camila Barbalho – Assessoria FCP
- "Luz de Verão" de Ana Clara e Natália Matos segue disponível nas plataformas digitais
#LuzDeVerão #PlataformasDigitais O lançamento da canção, uma parceria entre as cantoras e compositoras, ameniza as distâncias e celebra as afinidades artísticas, além da amizade entre elas. Luz de Verão chegou às plataformas digitais no final do mês passado (31 de julho), e ao YOUTUBE, em lyric vídeo. Os links foram divulgados nas redes sociais das artistas. A letra é de Ana e a música, de Natália. Composta em 2017, “Luz de Verão” ganhou forma com a criação coletiva do arranjo, que traz memórias afetivas da música paraense e do pop, em parceria com Eduardo Feijó (violão e guitarra) e participação de Márcio Jardim (percussão). A gravação foi feita entre junho e julho do ano passado, por Assis Figueiredo, no Estúdio Apce, em Belém, e Rafael Montorfano, no Estúdio Lamparina, em São Paulo. Também em 2019, Ana Clara e Natália fizeram um ensaio especial para a música com a fotógrafa Nathalia Almeida. Os registros dessas memórias de verão se transformaram em lyric vídeo produzido por João Vaz. Tirar a faixa da gaveta foi uma busca pela aproximação em tempos de isolamento, e é também um pouco de nostalgia dessa atmosfera de um mês de julho solar. “É uma forma da gente estar junto, morando em cidades diferentes. E pensando nesse verão tão atípico, esquisito, sem poder estar junto, sem poder estar na rua, isso é uma forma de trazer essa atmosfera, pelo menos em forma de memória, de lembranças”, diz Ana Clara. Para Natália, a canção revela uma busca pela estética ou linguagem que represente a singularidade da trajetória de cada uma. “A música tem essa construção melódica do brega, com um riff de guitarra. As duas bebem no brega paraense, a Clara no pop, que é mais rock; eu, nos Boleros, e no pop também. A gente tentou trazer uma linguagem que tenha um frescor, que represente esse encontro. Do olhar uma da outra, da troca”, diz Matos. Luz de Verão é só a segunda parceria delas, que já teceram inúmeras outras que estão por vir a tona. “Somos muito próximas e já temos vários movimentos de compor juntas, a primeira parceria se chama A Cura, gravada no primeiro CD da Natália. Depois rolaram outros movimentos. Tem letras que enviei pra ela e que talvez venham a virar canções”, comenta Ana. Mergulho em processos criativos e novos projetos Nestes últimos quatro meses, as duas tem se permitido a processos criativos. Atualmente vivendo no Rio de Janeiro, Natália trabalha na produção de seu terceiro disco, produzido por Alexandre Kassin. O primeiro single “Tempo Lento”, já lançado em abril, mostra um pouco do que vem por aí: um álbum de canções inéditas com arranjos que dosam o pop do seu segundo disco com a latinidade de seu disco de estreia e avançam na força da diversidade de suas composições. A cantora mudou de São Paulo para o Rio de Janeiro, no inicio do processo todo da pandemia. Tinha uma viagem marcada pra Belém, um show marcado no Sesc, onde já iria apresentar parte das músicas do novo disco. “Eu tinha feito isso já, num show no BNDS em janeiro, no Rio, e ia fazer também em Belém, e ia aproveitar também a viagem pra gravar o Clipe de Tempo Lento, que é uma música, que inclusive lancei na pandemia, mesmo sem clipe, então, estava num processo, antes de vim tudo isso. Esse é um disco de 08 músicas, que está pronto, são músicas inéditas”, conta Natália Matos, que permanece no Rio. Em um primeiro momento, ela diz que foi bastante desafiador, e que deu “uma travada”, mas que depois as coisas começaram a fluir. “Eu comecei a estudar bastante Violão, e nesse último mês, tenho feito lives, tocando minhas próprias músicas, que era uma coisa que eu não fazia antes. Eu também pude entrar mais de cabeça nesse estudo, claro que com esse incomodo, que é uma tragédia o que está acontecendo no entorno, e que afeta muito a gente”, diz. Já Ana Clara tem feito letras e retomado o bordado, além de desengavetar projetos antigos e se manter nas atividades de produção de conteúdo para internet com o Coletivo Parquet (@coletivoparquet), como o quadro “O que traz o futuro?”, que, neste momento de pandemia, traz reflexões sobre o que está por vir. “Esse ano pegou a gente de surpresa", diz Ana que considera essa situação desafiadora em vários níveis. "A gente, que tem o privilégio de ficar em casa, se vê as voltas com as incertezas, mas também podendo olhar pra alguns processos. Eu me voltei para as atividades criativas de uma forma muito intensa, é o que tem segurado a minha onda, desde o começo”. Ana Clara tem se dedicado muito a escrita, algo que sempre esteve presente em sua produção, mas que agora ela acredita poder se dedicar mais. "Estou tendo a oportunidade de olhar com a devida atenção, lancei, inclusive, uma série de textos sobre este momento nas minhas redes, chamada “Cartas dos Isolamento. É algo que eu já planejava fazer e calhou com esse momento de maior introspecção”, continua. Serviço Lançamento do single Luz de Verão, de Ana Clara e Natália Matos, em todas as plataformas digitais e com lyric video no YouTube. Os links serão divulgados nas redes das artistas. Instagram: @anaclara.nm / @natalia_matos Facebook: facebook.com/musica.anaclara / facebook.com/nataliamatosoficial Texto e fonte: Luciana Medeiros (HOLOFOTE VIRTUAL)
- Alepa aprova por unanimidade Lei de incentivo ao Audiovisual no Pará
#Alepa #LeiDeIncentivoAoAudiovisual O audiovisual constitui um segmento importante para a cultura e economia da sociedade. Mas com a pandemia, vem sofrendo prejuízos imensuráveis. Para fortalecer a produção paraense, os deputados aprovaram nesta quarta - feira (26.08) o Projeto de Lei 417/2019, que disciplina a promoção, o fomento e o incentivo ao audiovisual no âmbito do Estado do Pará e cria o Conselho Consultivo do Audiovisual do Pará. De iniciativa do deputado Carlos Bordalo, a proposta representa um marco histórico para o audiovisual e cultura paraense, como afirmação de identidade cultural, valorização e instrumento de política pública de fomento e geração de emprego e renda. Pela matéria, fica instituído o Conselho Consultivo do Audiovisual do Pará, vinculado à Secretaria de Cultura, com objetivo de promover a participação democrática da sociedade no desenvolvimento de políticas para o setor. De caráter permanente, o Conselho será composto por representantes de órgãos do poder público e da sociedade civil, de forma paritária. Para estimular a produção e economia, também será realizado edital específico para atender o audiovisual, por meio do qual serão selecionados os projetos da área que vão receber incentivos do Governo do Estado. A publicação de cada edital será realizada, no mínimo, 30 (trinta) dias antes da abertura das inscrições. “Nós entendemos que os profissionais dessa área merecem todo nosso apoio. Sabemos que com a pandemia se agravou a situação dos profissionais e o setor do audiovisual sofreu impacto monumental e já vinha sentindo uma ausência de incentivos de promoções que ajudassem a categoria, então nós elaboramos uma proposta de política estadual de fomento à atividade do audiovisual no Estado”, evidenciou Carlos Bordalo. A construção do projeto vem acontecendo de forma participativa desde 2019 com outros parlamentares e profissionais que representam o segmento. “Esse projeto, apesar de ter a minha assinatura, ele não é um projeto individual, ele foi fruto de um conjunto de debates, discussões com o setor do audiovisual no Pará”, acrescentou Bordalo. A Lei também prevê diversas modalidades de acesso. Além dos editais, existe a possibilidade de buscar outros incentivos fiscais através da Lei Semear. A matéria foi aprovada com emendas modificativas, sendo uma do próprio autor que visa “garantir o amplo acesso público às obras audiovisuais incentivadas com disponibilização do seu conteúdo nas diversas plataformas e nos equipamentos culturais audiovisuais do Pará". Pela emenda do deputado Martinho Carmona, o objetivo é incluir o termo religião no dispositivo da Lei, garantindo o respeito dos que seguem qualquer crença para tornar mais abrangente todos os segmentos religiosos. Para a presidente da Comissão de Cultura no Legislativo Estadual, deputada Marinor Brito, a aprovação significa o resgate da cultura e do audiovisual paraense. “Este é um momento para a gente voltar a valorizar a produção do audiovisual local, que tem sido muito perseguida nacionalmente, a partir do fechamento do Ministério da Cultura e de cortes de recursos, então estamos aqui abrindo uma porta para que essa política se efetive como prática permanente e que este setor possa atrair recursos e investimentos para a nossa região”, destacou. O documentarista e jornalista Afonso Galindo, articulador do Coletivo de Realizadores Independentes de Audiovisual na Amazônia (Cria), reiterou que a Lei é uma construção coletiva de exemplo positivo para a cultura do Estado e do Brasil. “A Lei representa muito para o audiovisual brasileiro, porque nós estávamos vivendo em um cenário nacional onde existe uma série de perdas e modificações dentro da Ancine, do Ministério da Cultura e Secretaria de Cultura, toda uma desestrutura de caminhos. O Estado do Pará dá exemplo e vai na contramão, mostrando que o caminho é o diálogo de uma construção coletiva. Pra mim, isso é motivo de muito orgulho e de uma importância sem tamanho para todo o setor”, afirmou. Com aprovação, o PL n°417/2019, passa a ser denominado de Milton Mendonça, em referência ao documentarista paraense que realizou uma série de reportagens sobre o Pará nas décadas de 1960 e 1970, tendo sido companheiro em inúmeras produções do cineasta mineiro Líbero Luxardo. Texto e Fonte: Mara Barcellos - AID - Comunicação Social / ALEPA
- Escritor José Marajó Varela lança "Breve História da Amazônia Marajoara"
#EscritorJoséMarajó O escritor paraense José Marajó Varela lançou neste mês de agosto (dia 12) o seu mais novo livro "Breve História da Amazônia Marajoara". O livro que tem a foto de capa da artista visual, Ana Beatriz Pereira, já tinha sido lançado anteriormente, mas apenas a sua versão digital (e-book), mas agora a versão impressa já encontra-se disponível para venda em varias plataformas . Segundo o José Marajó Vilela, o livro é terceiro ensaio da trilogia Iberiana. O primeiro "Novíssima viagem filosófica" (1999), segundo "Amazônia latina e a terra sem mal" (2002) e a "Breve História da Amazônia Marajoara" (2020) é um conjunto de pensamento decolonial sobre a Amazônia como um todo destacando a antiguidade da Cultura Marajoara. “Foi, sobretudo uma vivência de muitos anos no terreno, ouvindo a história oral que o povo conta e um mergulho profundo na historiografia colonial. A motivação vem da infância do autor em querer saber ‘quem inventou o mundo’. Curiosidade infantil que se tornou fado na tentativa de decifrar o sentido da existência humana na periferia da civilização europeia”, disse o escritor sobre o processo e o que motivou ele a escrever o livro. José Marajó contou que começou a escrever este ensaio em 2005, tendo ao longo do tempo diversas paradas e revisões determinada por circunstâncias diversas até a criação da editora Amazônica, que assumiu a publicação. "O maior objetivo deste livro é ressignificar os 1500 anos de Cultura Marajoara e sua principal mensagem se destina ao povo marajoara incitando a conquistar, no futuro, lugar ao sol na História”, explica o autor. José Maria Varella Pereira e assina como José Marajó Varela, é marajoara de Ponta de Pedras, lançou três livros, trabalhou como jornalista, e se aposentou como servidor público no Ministério das Relações Exteriores. Atuou em diversas frentes como no Grupo em Defesa do Marajó, também atuou pelo resgate da Academia do Peixe Frito, com o resgate e reconhecimento de autores como Bruno de Menezes e Dalcídio Jurandir, de quem é sobrinho. Escreveu diversos artigos e ensaios e possuem blogs onde mantém diversas publicações. Serviço: Livro "Breve História da Amazônia Marajoara" - Editora Amazônica Bookshelf, lançado 12/08/2020. Abaixo estão os links onde o livro pode ser adquirido impresso ou em e-book (Kindle). Informações (91) 99634-7681 Lojas Americanas / Submarino / Shoptime / Livraria Bok2 / Amazon / Mercado Livre Texto: Estante Cultural
- Festival “As Amazonas do Cinema” divulga filmes selecionados
#AsAmazonasDoCinema Filmes dirigidos e roteirizados por mulheres! Esse foi o principal critério para se chegar ao resultado de 7 longas e 14 curtas documentários selecionados para as mostras competitivas do Festival As Amazonas do Cinema, cuja primeira edição será realizada dentro da programação do 6º Amazônia Doc – Festival Pan Amazônico de Cinema, que ocorrerá em setembro, pela plataforma de streaming AmazôniaFlix. A curadoria foi feita pela jornalista, roteirista e crítica de cinema Lorenna Montenegro, pela artista visual Carol Abreu, pela roteirista e cineasta Flávia Abtibol e pela produtora e também cineasta Zienhe Castro, diretora geral do 6º Amazônia Doc. Ao todo foram inscritos 50 filmes, habilitados a partir de critérios específicos deste festival, cuja iniciativa vem contribuir com a valorização do produto audiovisual do gênero documentário dirigido por mulheres. “Mesmo em meio a um cenário de tantas incertezas, onde a cultura, tendo o audiovisual como a ponta do iceberg, diretamente atingida, a primeira edição do Festival Amazonas do Cinema, recebeu um número expressivo de inscrições”, comemora Carol Abreu. No processo curatorial, além de considerar as obras dirigidas e roteirizadas por mulheres, foram também analisadas as temáticas alinhadas com a proposta estética. “Fizemos uma seleção em cima dos recortes que a gente já vinha dimensionando nos debates da curadoria, como o primeiro critério que era de serem filmes dirigidos ou roteirizados por mulheres, mas terem uma representação feminina afirmativa”, diz Lorenna Montenegro. Para Carol Abreu, participar da curadoria do festival, foi um grande desafio, “principalmente em função da potência desse recorte único da Mostra. Visionar essas produções, especificamente feita por mulheres, confronta, discute e abre janelas, ressignificando a forma de produção e os olhares, e fomentando questões pertinentes sobre a abrangência do território da Pan Amazônia, e a elaboração do pensamento, além de mapear a representação feminina”, acredita. Entre os selecionados, há filmes sobre a história de mulheres importantes para o Brasil, como “A Mulher de Luz Própria”, uma cinebiografia de Helena Ignez, considerada uma das principais figuras femininas do cinema brasileiro, em “A Mulher da Luz Própria”, dirigido e roteirizado por Sinai Sganzerla, sua filha. E histórias curiosas, como é o caso do “Fakir”, que traz imagens atuais de artistas contemporâneos que mantêm essa arte viva em apresentações e shows, com direção de Helena Ignez. Em “Rosa de Vênus”, um documentário experimental, é abordado o Sagrado Feminino e a ancestralidade na América Latina. “É um filme híbrido, mistura os gêneros documentário e ficção, fazendo um recorte entre Brasil e México”, comenta Lorenna. “E temos também documentário político, bem representado pelo longa “Um conto de duas cidades de empresas”, de Priscilla Brasil, que vai falar da Serra do Navio, no Amapá, que foi durante muito tempo um local de exploração do minério, mas quando encerrou a mina, pouco deixou de desenvolvimento, de fato, para as pessoas que ficaram por lá”, continua. Outro destaque é “Mulheres que Alimentam”, que se passa numa comunidade Pataxó, na Bahia. “Temos neste filme a representação de mulheres indígenas e quilombolas daquela região, tentando sobrevier as ameaças que as cercam”, segue Lorenna. Já em “Portunhol” se discute essa questão de fronteiras entre brasileiros e bolivianos e de como eles conseguem conviver neste locais. “Vamos entender a questão da língua, da assimilação cultural, preconceitos, mas também os pontos em comum utilizados para resistir nas fronteiriças da Amércia do Sul”, analisa a crítica e roteirista. Lorenna também explica que esta primeira edição é um embrião para o festival que se deseja. “Queremos pensar muito mais nesse lugar das mulheres que realizam filmes na Amazônia Legal e que pensem nestas temáticas de representação das mulheres neste território. Nesta edição há filmes de todas as regiões do país, mas apenas um do Pará, por isso, sentimos que precisamos mobilizar mais as realizadoras daqui e da Pan Amazônia, para que possamos ter, neste festival, a voz destas mulheres e poder integrar estas realizadoras, cineastas e produtoras da região”, conclui. Além de trazer histórias contadas através de um olhar feminino e amazônico, o festival também vai homenagear uma grande personalidade da nossa cultura, entregando o Troféu ENEIDA DE MORAES às vencedoras. Mulher da Literatura, importante militante política e ativista cultural, a escritora foi fundadora do Museu da Imagem e do Som - PARÁ, em 1971, ano que ela faleceu. 1º FESTIVAL AS AMAZONAS DO CINEMA: ACESSE AQUI A LISTA DOS FILMES SELECIONADOS. Mais informações www.amazoniadoc.com.br/amazonas – amazonasdocinema@gmail.com. Texto: Luciana Medeiros (Assessoria de Comunicação)
- Últimos dias para visitar exposições nas Galerias Theodoro Braga e Benedito Nunes
#Exposição #TheodoroBraga #BeneditoNunes Seguindo todas as medidas de prevenção contra o novo coronavírus, as galerias Theododo Braga e Benedito Nunes voltaram as suas atividades no começo do mês de agosto. E para esse retorno elas trouxeram as exposições "Esculturas Corporais Indígenas" do artista Francelino Mesquita e "Entre o Rio e o Mar", da artista Glauce Santos, que seguem a disposição do publico para visitações até a próxima sexta-feira (28/08). Na Galeria Theodoro Braga o público pode apreciar a exposição "Esculturas Corporais Indígenas", do artista Francelino Moraes Mesquita. A mostra conversa com esse contexto histórico da formação da cultura indígena, com uma intenção de valorizar a importância social, do patrimônio histórico, econômico e artístico desses povos originários, criando um diálogo principalmente com pintura corporal, de traços geométricos, que representam a expressão ligada a diferentes manifestações culturais da sociedade indígena, que cria uma pintura específica para cada evento: caça, lutas, casamentos, ritos de passagem e morte. As esculturas trazem a representação do movimento desses grafismos nos corpus indígenas, apresentando literalmente a surrealidade de suas tradições gráficas, como se desprendessem da pele, em geometrias inertes, como exoesqueletos, que dão forma a um legado ancestral. O movimento das formas é um traço característico da obra de Mesquita, que traz do desenho arquitetônico, de sua formação técnica em edificações, o observar empírico do movimento da forma, do espaço e a ordens relacionadas aos elementos tridimensionais de suas obras, além da pesquisa artística e experimentação estrutural e orgânica dos materiais utilizados (miriti, cabaças, metais, papeis e etc). Já a Galeria Benedito Nunes convida o público para a Exposição "Entre o Rio e o Mar", da artista Glauce Santos. O tema das águas retratado nas obras que compõem a instalação remete as simbologias do sagrado, as mitologias, os valores civilizatórios afro-brasileiros, uma reverência aos orixás das águas na diáspora brasileira, rio e mar. São elas: Oxum e Iemanjá, divindades de origem africana, cultuadas no Brasil, habitam um universo marcado por sentimento de pertencimento. "O meu processo artístico é permeado de memórias e vivências, são conexões que fui desvendando ao longo do tempo, a busca pessoal, a arte, e os trajetos nos rios. As recordações conduzem-me à enorme imagem de Iemanjá que ficou guardada na memória por muitos anos, permanecendo em mim, a cor azul de seu vestido. As águas sempre de alguma forma, estão permeando a minha vida, são imagens e sons que trago comigo, me fazendo entender que mar calmo não faz um bom marinheiro, no meu caso, uma marinheira. Não existe o nosso tempo, e sim o tempo das marés”, destaca Glauce Santos. Serviço: Galeria Theodoro Braga - ESCULTURAS CORPORAIS INDÍGENAS - Artista: Francelino Mesquita / De 03/08 a 28 de Agosto - Segunda a sexta, das 08h às 14h. Galeria Benedito Nunes - ENTRE O RIO E O MAR - Artista: Glauce Santos / De 03/08 a 28 de Agosto – Segunda a sexta-feira, das 08h ate às 14h. Texto: Estante Cultural com informações das produções das Exposições
- Grupo de teatro Auto da Lua Crescente promove "Semana do Foclorando”
#SemanaDoFoclorando No dia 22 de agosto, comemora-se o dia do Folclore brasileiro, essa data tem como finalidade alertar para a importância e valorização das manifestações folclóricas no país. Lembrando que folclore é um conjunto de conhecimentos de um povo, e integra os costumes, crenças, parlendas, contos, mitos, lendas, adivinhas, músicas, danças e festas populares de uma cultura/região. Em memória desse dia que muito vem se perdendo no esquecimento, o grupo Auto da Lua Crescente convida vocês para a “Semana do Foclorando”, que será realizada do dia 24 a 28 de agosto, levando até para vocês, por meio de lives e vídeos, as nossas lendas amazônicas, urbanas, mitos e é claro, vai ter música e aquele bate papo com a galera, pode convidar a família, parentes e amigos e venham participar conosco. Todos estão convidados a trocar conhecimentos com a gente. O Auto da Lua Crescente é um grupo de pesquisa cênica que trabalha com dança, teatro e canto, montando suas apresentações no intuito de manter viva a memória cultural, seguindo uma linha conhecida como Teatro Brincante. PROGRAMAÇÃO: VEJAM AS DATAS DAS LIVES E VIDEOS Dia 24/08 às 19h30 - 20h30 LIVE COM RENAN SANTOS E PAULO PENSADOR- A Lenda Da Matinta Pereira e os seus contos. A live contará a lenda da Matinta Pereira em forma de música e bate papo com o público. Iniciando com uma composição autoral de Renan Santos no teclado, e logo em seguida iremos abordar relatos reais sobre a lenda, dando início a perguntas e pesquisas para o público sobre a origem da assombração (Matinta), de como surgiu, suas formas e da maldição dessa personagem tão temida nos interiores e periferias de Belém. Para lembrar dos nossos tempos de criança, onde nossos avós contavam histórias assombrosas sobre as mais variadas lendas do Folclore brasileiro. LOCAL: @Autodaluacrescente (Facebook) DIA 25/08 ás 19h30 VIDEO COM JANY SILVA E RAFAEL MENDES – Os protetores da mata. Neste vídeo, vamos trazer a lenda dos protetores da mata, uma história dos nossos ancestrais que pouco sabemos atualmente, e que perpétua até hoje por todo o Brasil, com diferentes formatos, mas que mesmo sendo contadas de maneiras diferentes assombram quem duvidar da mesma. LOCAL: @Autodaluacrescente (Facebook e Instagram) DIA 26/08 às 19h30 – 20h30 LIVE COM PAULO PENSADOR E ROGÉRIO SILVA – Lendas Urbanas A Live “Lendas Urbanas”, vai trazer os mitos e histórias fantásticas que ganham fama por serem divulgadas no boca-a-boca e após a revolução digital, por meio de e-mails, sites, postagens em mídias sociais, entre outros. Frequentemente, as lendas, são contadas com a premissa de terem acontecido com “um amigo de um amigo ou conhecido” e são enviadas com uma série de alardes do tipo “cuidado, isso pode acontecer com você”. Elas ultrapassam décadas sendo espalhadas com pequenas alterações, como diz a sabedoria popular: “quem conta um conto aumenta um ponto”. Algumas foram traduzidas e fazem parte da cultura de vários países. A maioria destas lendas urbanas são baseadas em fatos reais, mas acabam sendo distorcidas ao longo do tempo. E vamos falar de algumas das mais famosas em nossa cidade e bairros. Você tem alguma lenda no seu bairro? Venha nos contar "E senta que lá vem história". LOCAL: @Autodaluacrescente (Facebook) DIA 27/08 às 19h30-20h30 LIVE COM PAWER MARTINS – Cantando o Folclore Será uma Live show interativa com músicas do folclore brasileiro e relatos das vivências musicais de uma vida com mais de 15 anos envolvido com grupos folclóricos, parafolcloricos da Cidade de Belém e festivais de folclore nacionais e internacionais, experienciados pelo músico Pawer Martins como diretor musical de vários grupos. Na live ele vai falar um pouco das pesquisas musicais voltadas para o folclore brasileiro com citação de compositores, músicas de domínio público, assim como analisar também o atual movimento folclórico na cidade de Belém. Será uma hora de live show interativa. LOCAL: @Autodaluacrescente (Facebook) DIA 28/08 às 19h30 – 20h30 LIVE COM O GRUPO AUTO DA LUA CRESCENTE – Compartilhando Saberes Após uma semana repleta de lendas e bate papos com o público, sobre o folclore e nossa cultura popular. O grupo dará início a uma roda de conversa explicando um pouco sobre como surgiu a ideia de fazer uma semana de lives e vídeos com a temática do Folclore, levando até vocês relatos do grupo e seus integrantes de como foi o processo de cada um para chegar até o resultado apresentado para vocês, as expectativas do grupo nesse momento de transformações, que os artistas estão tendo que lidar neste momento de pandemia. Um espaço aberto e interativo esperamos a participação do público. LOCAL: @autodaluacrescente (Facebook) Serviço: Semana do Foclorando Dias 24 à 28 de agosto Horário: 19h30 Nas Mídias Sociais do Grupo Auto Da Lua Crescente Facebook e Instagram. Compartilhe #Foclorandocomoauto Texto: Produção Auto da Lua Crescente
- Pôr do sol ao som de Saxofone na Estação das Docas
#SaxofoneNaEstaçãoDasDocas Os fins de tarde na Estação das Docas são especiais pela beleza natural e por toda a poesia dos encontros e reencontros que ocorrem no local diariamente. Um dos principais atrativos do complexo é a possibilidade de assistir ao pôr do sol às margens da Baía do Guajará. Pensando nisso, a Organização Social Pará 2000, que administra o complexo, preparou uma surpresa para os visitantes: na última sexta-feira (21/08) e no próximo domingo (23/08) o sol irá se despedir sob a trilha sonora do saxofone de Felipe Ricardo, a partir das 18h, na Orla da Estação. Há 20 anos a Estação das Docas presenteia seus visitantes com belíssimos fins de tarde ao som dos acordes de uma das mais belas e conhecidas melodias: o Bolero de Ravel. Enquanto o sol se põe, a rádio estação sintoniza na composição de Maurice Ravel, tornando o anoitecer ainda mais contemplativo. Mas o poente desta final de semana será diferente. Enquanto o sol se despede em tons de vermelho, laranja e amarelo, o músico saxofonista Felipe Ricardo estará na orla do complexo tocando ao vivo o Bolero de Ravel, e também, um variado repertório musical para embalar a tarde. “Estamos em fase experimental deste novo projeto que desejamos implementar na Estação. Esperamos que o público goste”, pontua Roni Ferreira, supervisor cultural da Estação das Docas. E ao anoitecer o público também poderá se encantar com a iluminação especial que a Estação ganhou. São cerca de 120 lâmpadas led retrô, que se estendem por 200 metros da orla e tornam o local ainda mais aconchegante e charmoso. Segurança e bem-estar A Estação das Docas reabriu ao público no dia primeiro de julho, após mais de 100 dias fechada. Cumprindo todas as medidas contra a Covid-19, o complexo turístico adotou um protocolo de segurança próprio para garantir o bem-estar do público e de seus colaboradores. Entre as medidas adotadas estão aferição de temperatura na entrada, dispenser de álcool gel em pontos estratégicos e obrigatoriedade do uso de máscara no local. SERVIÇO A Estação das Docas tem entrada franca, todos os dias das 10h às 23h. Para entrar no complexo é obrigatório a utilização de máscara. Endereço: Boulevard Castilhos França, S/N, bairro da Campina, Belém - PA. Texto e fonte: Beatriz Pastana (Pará 2000) / Agência Pará
- Grupo Sancari realiza 1º Festival de Carimbó online
#FestivalDeCarimbo #GrupoSancari No ano de 2020, o Festival Pau & Corda do Carimbó poderá ser assistido por pessoas do mundo inteiro que estejam conectadas na rede mundial de computadores. Em sua décima segunda edição, o projeto realizado pelo Grupo de Carimbó Sancari, sai das ruas da Travessa Álvaro Adolfo, na Pedreira, e pela primeira vez ocorre de forma on-line. A programação com duração de uma semana, terá transmissão pelo Youtube, do dia 22 ao dia 29 de agosto, será diversa e irá incluir atividades infantis e brincadeiras com o personagem Pirô, e contação de histórias com Lucas Alberto, do Casarão dos Bonecos. Também vai haver exibição de curtas que tem como temática a cultura popular. Oficinas ensinando fazer maracás e a dançar carimbó serão disponibilizadas. Vai haver Live Show com os grupos de dança Free Dance, Senta Peia, Sabor Marajoara, Carimbó Som do Pau Oco, Grupo de Carimbó Estação Capanema, Mestre Chico Malta, Silvan Galvão, Mestre Paulinho Barreto, Tarubá e Xuatê Carajás. A primeira Live Show será transmitida no dia 22, a partir das 16h, serão seis grupos parafolclóricos convidados, além do Grupo de Carimbó Sancari. Durante a semana, oficinas serão disponibilizadas no canal do Youtube Festival Pau & Corda do Carimbó. Vídeo aulas que ensinam como produzir um colar Marajoara, grafismo Marajoara em cuia, a Maracá e até como dançar o Carimbó serão disponibilizadas. Dia 29 a programação do festival será encerrada com mais uma Live Show, dessa vez com a participação dos grupos de “Carimbó raíz”. Para a dançarina do Grupo de Carimbó Sancari há mais de uma decáda, Lucieth Pantoja, ensinar na internet não foi um desafio, mas uma necessidade. “Devido a pandemia mundial nada poderia ser ao vivo. Então eu não vi como um desafio mas como um novo local onde toda as pessoas estão migrando, inclusive nós da arte. Além disso esse conteúdo ficará disponível para todos, afinal tem muita gente que é do nosso estado mas desconhece a história do carimbó, a indumentária e as diferenças”, explica a bailarina. O Festival Pau & Corda do Carimbó é uma iniciativa coletiva e ocorre há mais de dez anos nas ruas passagem Álvaro Adolfo. Moradores da travessa localizada no bairro da Pedreira e integrantes do grupo de carimbó tradicional Sancari, a iniciativa envolve amigos que se conhecem e trabalham em prol da Cultura há muito tempo. Para Jason Leão, um dos coordenadores do projeto e fundador do grupo Sancari aponta as novidades desta edição. “A expectativa é muito grande por que a primeira vez que vamos fazer um negócio desse e sempre que é a primeira vez dá uma tensão. A reunião de vários grupos num festival desse tamanho é maravilhoso e eu tenho certeza que nós vamos arrebentar”, afirma. “Estou Ansiosa, saber que é uma enorme responsabilidade realizar este festival com todo esse problema de saúde no mundo todo. Porém, as vezes as portas se fecham mais muitas janelas se abrem. O festival este ano vai ser on line e a vantagem é que todos irão poder assistir pelos canais do YouTube ou Facebook sem sair de casa. Estaremos alcançando mais pessoas, mais estados. Confio na produção e nos grupos que são parceiros, sei que estou cercada de pessoas que tem o mesmo carinho e respeito pela Cultura popular e tradicional de nosso estado e confio em Deus. Espero confio que este primeiro festival Pau e corda do Carimbó vai superar todas as expectativas”, finaliza a produtora e idealizadora do festival, Neire Rocha. Respeitando as medidas de segurança de saúde orientada pela Organização Mundial de Saúde, os grupos irão enviar seu vídeos gravados e outros irão participar através de lives como convidados remotos. Programação festival Pau & Corda do carimbó 2020 1° Dia do Festival Sábado, 22, a partir das 16h Carimbó Sancari (Pedreira) Companhia de dança Free Dance ( Benguí) Sabor Marajoara. Canto do Aracuã do bairro do Benguí. Grupo de carimbó Som de Pau Oco.(Belém) Banda Senta Peia. Grupo de Carimbó Estação Capanema. Dia 23/08 -15h - Live com contação de história (Hudson) e Casarão do Boneco 24/08 - 18h - Postagem do vídeo da Atividade de Reciclagem (Lucas, do Casarão dos Bonecos) 25/08 - 18h - Postagem do vídeo da Oficina de dança 26/08 - 18h - Postagem do vídeo da Oficina de Confecção de maracá 27/08 - 18h - Postagem do vídeo da Oficina de grafismo em cuia 28/08 -18h - Postagem do vídeo da Oficina de confecção de colares marajoaras Encerramento Sábado, 29, das 16h às 22h Roda de curimbós no pé do mastro Grupo de Carimbó Mirim de Fazendinha/Mestra Claudete de Marapanim. Grupo de Carimbó Frutos da Terra/ Marapanim. Xuatê Carajás/Parauapebas Regional Tarubá da Ilha de Caratateua/ OUTEIRO (video). Grupo de dança Jardim das Rosas / Marituba. Silvan Galvão, mestre Paulinho Barreto e Mestre Chico Malta de Santarém/ Alter do Chão Carimbó Sancari Texto: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
- Projeto MOA promove Festival Online neste sábado (22/08)
#FestivalOnline Depois de um ano de muito trabalho e um hiato de meses por conta da pandemia de Covid 19 que impediu o Festival de acontecer presencialmente e que, infelizmente, já vitimou mais de 109 mil pessoas no Brasil, o Projeto MOA Centro de Produção Musical com Tecnologias Digitais promove o “MOA Festival Online”, um evento de culminância que fecha este primeiro ciclo do Projeto. O MOA Festival Online será realizado neste sábado (22/08), a partir das 15h através do perfil da Produtora Braçal Discos na plataforma Youtube. No ano de 2019 o Projeto MOA, formou 19 jovens do Distrito D'Água, que corresponde aos bairros do Guamá, Jurunas, Terra Firme, Cremação e Condor, em duas frentes: Produção Cultural e Produção Musical. Juntos, produziram 15 artistas paraenses que nunca antes gravaram suas músicas profissionalmente. Como resultado desse trabalho nasceu a coletânea intitulada “Pelas Fitas”, que reúne 15 faixas de músicas autorais de artistas/bandas/grupos musicais oriundos das periferias de Belém. O título da coletânea faz referência às moradias de palafitas e as gírias da nossa região. As faixas foram lançadas nas plataformas streaming de música no dia 27 de março, e a coletânea pode ser ouvida por completo no Youtube, link aqui. Além de formar jovens para atuar no mercado cultural local, o projeto possui um carácter inédito por realizar um produto musical gerado a partir da formação técnica de produtores musicais e culturais. “É inédito porque não se trata apenas de gravar o artista gratuitamente, antes disso se trata do processo de formação desse time de produtores, onde o nosso objetivo maior é fortalecer um arranjo produtivo local, criar uma rede de talentos, e são esses jovens, que com esse conhecimento técnico vão ampliar sua capacidade de levar as suas linguagens para o Brasil e para o mundo.” afirma Giancarlo Frabetti, coordenador do MOA. “Foi um processo que incentivou a atuação nos próprios bairros, de uma ideia inicial de criar um estúdio comunitário, onde pessoas da comunidade pudessem trabalhar e que artistas procurassem a gente para gravar suas músicas.” diz Rebecca Braga, coordenadora do Projeto. Os próximos passos são: expandir o projeto para outros bairros com as formações, fomentar essa rede de produtores e artistas, contribuindo assim com a cena cultural de Belém, pela perspectiva da periferia. Para celebrar esse ciclo, o MOA - Centro de Produção Musical com Tecnologias Digitais convidou vários artistas selecionados que foram gravados pelo projeto, em um line up que vai misturar estilos musicais, como o rap, carimbó, guitarrada, samba e outros, para fazerem parte de uma transmissão online que vai mostrar o resultado desse processo. O line up do MOA Festival Online de Belém conta com a participação dos seguintes artistas: Os Tamuatás do Tucunduba, Encanto do Tambor, Boi Marronzinho, Samaúma, Jambu Cósmico, Eduardo Barbosa, Roda de Samba Fé no Batuque e os rappers Shayra Mana Josy, Nega Ysa, W Mate-U, D'Luís, Bart MC, Roge e Juan K. SERVIÇO MOA Festival Online Data: 22 de agosto, Sábado, às 15h. Canal Braçal Discos - Youtube Acompanhe o MOA no INSTAGRAM e FACEBOOK. Texto: Tainá Oliveira Barral e Rebecca Braga (Produção do MOA)
- Entrevista: Paula Sampaio é a artista convidada do 11º Diário Contemporâneo
#Entrevista #DiarioContemporaneo Nascida em Belo Horizonte, Paula Sampaio migrou para a Amazônia ainda criança com a família. Formou-se em Jornalismo pela UFPA e atuou como fotojornalista por muitos anos. Seu olhar atento registrou diversas transformações ocorridas na região, seja no dia a dia como repórter fotográfica ou em seus ensaios documentais. Seus projetos de fotografia falam sobre as migrações na Amazônia, bem como as comunidades e vivências que são atravessadas por grandes estradas abertas na região, como as rodovias Belém–Brasília e Transamazônica. Ocupação, colonização da região, memórias orais e patrimônio imaterial são alguns dos temas recorrentes em seu trabalho. Suas séries são reflexões sobre a natureza e a fragilidade dos seres. Atualmente é responsável pelo Núcleo de Fotografia do Centro Cultural Sesc Ver-o-Peso e continua desenvolvendo seus projetos. No momento, dedica-se a organizar seu arquivo pessoal. Paula Sampaio é a artista convidada da 11ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Confira a entrevista: P: Você é alguém que migrou, que saiu de Belo Horizonte e veio para Belém. Seus trabalhos têm muito desse olhar sobre os trajetos, os percursos. Acredita que há uma ligação com a sua própria vivência? R: Pois é, sou parte de uma família migrante. Quando viemos para a Amazônia nos anos de 1970, já partimos de Rio Preto/SP, só nasci em Minas. Passei a minha infância mudando de lugar. Moramos em vários municípios ao longo das rodovias Belém-Brasília (nos estados do Maranhão, Pará e Goiás) e perto de Carolina, na Transamazônica. Então, trago em mim essa vivência e também esse espírito viajante. As estradas são a minha casa. P: Você atuou por muitos anos como repórter fotográfica. Pode falar um pouco dessa rotina? Sente falta? R: Foram quase 30 anos de um cotidiano intenso. Fotografando praticamente todo dia, uma ação visceral, onde tive a chance de atravessar em questão de horas muitas existências, além do prazer de ver essa produção chegar na vida de milhares pessoas, - às vezes bem, e em outras mal - o que também é um grande aprendizado. Essa partilha foi um exercício incrível e eu aproveitei e me entreguei a esse ofício com muita intensidade sempre, aprendi muito e utilizo essa experiência para tudo que faço. Se sinto falta? Da prática sim, mas a forma como isso se dá cotidianamente nas redações atualmente, que foram o espaço das minhas experiências, não. Com certeza fiquei muito mais exigente. Claro que o jornal impresso me fascina, até faço os meus (risos). Criei um projeto, o 'Folhas Impressas", que é o reflexo da minha paixão. P: O fotojornalismo tem uma pressa em comunicar o agora. No fotodocumentarismo o tempo é um pouco mais generoso com os projetos. É isso mesmo? R: Muitas vezes me perguntaram isso e eu sempre respondia que sim, o tempo era um diferencial determinante. Mas hoje, ando desconfiada desse senhor "O Tempo", ele tem revelado novas faces para mim. Então, talvez seja o espaço e a dinâmica da prática e como isso se resolve no" tempo da comunicação", a grande questão. E também porque esses conceitos de fotojornalismo, documentarismo, vão sendo acrescidos de muitas camadas no curso da história. Deixo essa provocação e não uma resposta. P: Seus ensaios e pesquisas falam muito sobre memória, migração, natureza e ocupação. Quanto tempo leva uma pesquisa como a da Transamazônica ou do Lago do Esquecimento? R: Esses trabalhos todos estão na minha vida, então o tempo é a duração da minha própria existência. É curioso isso, mas de verdade não sinto que tenha terminado nada, estou sempre encontrando um novo começo dentro de cada uma dessas temáticas e também uma nasce da outra. "O Lago do Esquecimento" é um bom exemplo, é "filho" do trabalho nas estradas (Transamazônica e Belém-Brasília, que realizo desde 1990 e nunca acabei). Nasceu das minhas viagens em busca de comunidades alagadas no trecho da Transamazônica, no município de Novo Repartimento, que desapareceu com a inundação provocada pelo represamento do Rio Tocantins durante a construção da Hidrelétrica de Tucuruí. Na busca pelos atingidos pela barragem acabei encontrando outros seres, as árvores fossilizadas, que formam essa paisagem trágica e todo o mundo que vive nesse lugar inacreditável e suas histórias. E do “Lago do Esquecimento” nasceu a fotoinstalação "Árvore" e por aí vai. Então, para mim, o tempo de um trabalho é enquanto eu viver e sentir vontade de revisitar esses espaços todos, reencontrar as pessoas.... Assim, a única coisa que finalizo são as etapas, batizo com um nome e sigo com tudo no meu coração. Nesse aspecto a fotografia é uma linguagem muito generosa porque ela sempre nos oferece a possibilidade de renascimento. P: Há muito da relação com o outro em seus ensaios, com as pessoas e as comunidades. Como que se dão essas relações? R: Sempre foi natural. Trabalho em áreas de migração onde encontro pessoas com quem me identifico. Tem muito mineiro, baiano, maranhense, então, é como se eu estivesse frequentando a casa de conhecidos e o ambiente também. Desde criança vivo na amazônia, tudo é familiar. P: Há também a denúncia. Qual o peso da responsabilidade em comunicar as desigualdades e ocupações que vêm acontecendo? R: A responsabilidade é tentar tratar essas questões a partir da experiência de quem está mergulhado nelas: os protagonistas dessas histórias. Buscar meios para que eles mesmos falem sobre sua condição, por isso trabalho com relatos, memórias. Foi a forma que encontrei de tentar comunicar tudo isso de forma partilhada e com relação às imagens, elas se impõem, eu só tenho que estar disponível. Agora, nos últimos três anos tenho me dedicado a estudar e rever meu arquivo que está se perdendo, então, não estou presente na cena. Ocorre que essas temáticas que são a base do trabalho que faço estão no nosso presente, assim acabam servindo de referência para pesquisas (TCCs, teses, dissertações, livros didáticos) e outras criações como, por exemplo, o filme “O Reflexo do Lago" do Fernando Segtowick, baseado no livro “O Lago do Esquecimento” que tem tido uma ótima repercussão. E assim as responsabilidades vão sendo divididas. Aliás, o movimento fotográfico em Belém sempre teve essa característica meio híbrida e partilhada, isso é uma sorte, nunca estamos sozinhos. PAULA SAMPAIO Nascida em 1965, em Belo Horizonte (MG), veio ainda menina para a Amazônia com sua família e em 1982 escolheu viver e trabalhar em Belém (PA). Durante o curso de Comunicação Social, na UFPA, descobriu a fotografia e, em seguida, foi aluna de Miguel Chikaoka, na Associação Fotoativa. Optou, então, pelo fotojornalismo. A sua principal referência nessa área foi o Jornal O Liberal, onde trabalhou como repórter fotográfica entre 1988 e 2015. Desde 1990 desenvolve projetos de documentação fotográfica e ensaios autorais sobre o cotidiano de trabalhadores, em sua maioria, migrantes que vivem às margens dos grandes projetos de exploração e em estradas na Amazônia, principalmente nas rodovias Belém-Brasília e Transamazônica. Além de imagens, também guarda sonhos e histórias de vida (escritos e/ou contados) de pessoas que fotografa nesses caminhos. Texto: Debb Cabral (Assessoria Diário Contemporâneo de Fotografia)
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