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VerAmazônia leva a floresta às ruas de Portugal e prepara caminho internacional até a COP30
Exposição de arte pública e fotográfica, com 42 telas em grande formato instaladas ao ar livre, dialogando diretamente com o cotidiano das cidades

Por Walace Ferreira — Belém(Pará), Amazônia.
18/07/2025
A Amazônia pulsa, resiste e se reinventa – e agora, sua complexidade e beleza ocupam o espaço urbano europeu. Em circulação por Portugal, a exposição VerAmazônia apresenta a maior floresta tropical do planeta não como um símbolo distante, mas como um território vivo, habitado e plural. A mostra marca o início de uma agenda internacional que seguirá em 2025 e 2026, culminando na COP30, que acontecerá em Belém do Pará.
Idealizada pelo Instituto VerAmazônia, a exposição integra um projeto mais amplo que combina arte, ciência, turismo sustentável e valorização de saberes locais. Com apoio do grupo Vila Galé, da FADESP e do Vice-consulado de Portugal em Belém, a mostra foi inaugurada em 15 de julho, na Praça dos Poetas, em Oeiras, na região de Lisboa.
Trata-se de uma exposição de arte pública e fotográfica, com 42 telas em grande formato instaladas ao ar livre, dialogando diretamente com o cotidiano das cidades. O conceito curatorial aposta na força da imagem e da palavra para revelar a Amazônia a partir do olhar de seus próprios povos – sejam eles das florestas ou das cidades. “Não estamos falando apenas de florestas, mas de modos de vida, justiça climática e pertencimento”, afirmam os organizadores.
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A curadoria fotográfica é assinada por João Ramid (autor de 30 das imagens), pela artista visual Ângela Berlinde e pela fotógrafa Lucília Monteiro, ambas portuguesas. As artistas percorreram comunidades do Pará em uma imersão criativa que resultou em um encontro visual entre Europa e Amazônia. Os protagonistas, no entanto, são os próprios amazônidas retratados: rostos, gestos, festas populares e manifestações de fé – como o Círio de Nazaré – revelam uma região em movimento, muitas vezes invisibilizada pelas narrativas convencionais.
Mais que um recorte estético, VerAmazônia é também uma proposta política e educativa. A exposição combina fotografia, textos científicos e saberes tradicionais. A curadoria científica, assinada pela jornalista socioambiental Mariluz Coelho, articula comunicação de riscos climáticos com as vozes e conhecimentos dos povos da região. É uma experiência de escuta e aprendizado que enfrenta a desinformação sobre o bioma e desafia a ideia da Amazônia como "vazio verde" ou apenas recurso a ser explorado.

Portugal foi escolhido como ponto de partida por razões históricas, geográficas e afetivas. Segundo os organizadores, essa conexão ajuda a criar novas pontes simbólicas entre Amazônia e Europa. “O mundo precisa conhecer a Amazônia de verdade”, disse um visitante, emocionado com a potência das imagens e com a diversidade de histórias que emergem dos retratos.
Gratuita e acessível a qualquer hora do dia, a mostra segue aberta em Oeiras e deve circular por outras cidades europeias até a COP30. O público pode acompanhar as novidades e aprofundar-se nos temas através das redes do Instituto VerAmazônia e futuras publicações. Ao promover esse intercâmbio entre territórios, culturas e saberes, a exposição transforma-se em uma plataforma sensível de visibilidade e cuidado com a maior floresta tropical do planeta – e com as milhões de vidas que nela habitam.
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