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Revogação da Lei 10.820/24: a preservação da educação e cultura dos povos originários
É urgente reconhecer e respeitar as demandas dos povos originários, garantindo um ensino que valorize suas realidades e promova a inclusão

A educação presencial para as comunidades indígenas é fundamental para preservar suas culturas, tradições e saberes ancestrais. O ensino digital, embora possa parecer uma solução moderna, representa uma precarização do conhecimento, pois ignora a importância do contato humano, a troca de experiências e a valorização das identidades indígenas.
A falta de diálogo do governo Helder Barbalho com as comunidades indígenas, evidencia o descaso com a educação desses povos. É urgente reconhecer e respeitar as demandas dos povos originários, garantindo um ensino que valorize suas realidades e promova a inclusão.
Os povos originários precisam manter seu modo tradicional de aprendizado, visto que é por meio da interação direta, da oralidade e das práticas comunitárias que suas culturas são perpetuadas e fortalecidas. Esse modo de ensino não apenas preserva os saberes ancestrais, mas também aprimora o conhecimento dentro de cada etnia e aldeia, incentivando um diálogo intergeracional, essencial para a continuidade de suas tradições. A educação presencial, portanto, não é apenas uma questão de metodologia, mas um pilar fundamental para a sobrevivência cultural desses povos.
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Além disso, a valorização do aprendizado tradicional não exclui a busca por mais educação formal. Pelo contrário, pode ser um incentivo para que os indígenas busquem formação complementar, desde que respeite e integre suas realidades e necessidades.
A educação indígena deve ser pensada de forma holística, unindo o conhecimento ancestral às ferramentas contemporâneas, sem que uma dimensão substitua ou diminua a importância da outra.
O descaso do governo em relação a essa demanda não só prejudica a preservação das culturas indígenas, bem como limita o potencial desses povos de contribuir para a sociedade como um todo.
A revogação da Lei 10.820/2024, sancionada por Helder Barbalho no final de dezembro de 2024, e o diálogo são importantes para o entendimento das demandas culturais, educacionais de cada etnia e de todos os povos originários. É essencial que as políticas públicas reconheçam a importância da educação presencial e comunitária, garantindo recursos e estruturas adequadas para que os povos indígenas possam manter suas práticas de aprendizado e, ao mesmo tempo, acessar novas oportunidades educacionais. Dessa forma, será possível construir um futuro que respeite e valorize a diversidade cultural do Brasil.
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