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3 sept 2025

Festival Psica: Conheça o Toró Misterioso, o encontro que revela a potência do carimbó urbano


     Belém volta seus olhos para um dos símbolos mais fortes da cultura amazônica


Imagem: divulgação.
Imagem: divulgação.

Por Gil Sóter — Belém(Pará), Amazônia.

03/09/2025



No Dia Municipal do Carimbó, celebrado no final de agosto (26) em homenagem ao nascimento de Mestre Verequete, Belém volta seus olhos para um dos símbolos mais fortes da cultura amazônica. Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, o carimbó atravessou séculos embalando terreiros e festas ribeirinhas, e hoje também pulsa nas ruas, ônibus e praças da cidade em sua vertente urbana. É nesse movimento vivo e contemporâneo que o Festival Psica 2025 aposta ao anunciar um encontro inédito: @BatucadaMisteriosa e @Toró_Açú juntos no palco, no feat batizado de Toró Misterioso.


Mais do que uma atração no line-up, o feat simboliza a potência do carimbó urbano — uma tradição afro-indígena que se desdobra em novas linguagens sem perder sua essência. Se o tronco escavado deu voz ao curimbó ancestral, hoje a criatividade das periferias cria tambores de PVC, recicla instrumentos e transforma o cotidiano em música. As letras falam de identidade, racismo, desigualdade e resistência, mas também da alegria coletiva que sempre definiu o gênero.


Para o diretor Jeft Dias, a curadoria do Psica busca proporcionar encontros que sejam tão históricos quanto orgânicos: “Esses encontros em cima do palco são algo que a gente tem muito cuidado em construir. Não pode ser algo impositivo, tem que nascer de afinidades reais. Muitas vezes parte do próprio artista a vontade de convidar alguém, outras vezes sugerimos um encontro que nunca aconteceu e que pode gerar algo único. O Psica é isso: um grande encontro de ritmos, estilos e artistas — e o palco é o lugar onde toda essa potência se revela.”


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A Batucada Misteriosa, surgida em Icoaraci e Cotijuba, e o Toró Açú, nascido no quilombo do Abacatal, representam essa cena efervescente que expande o carimbó para além da tradição. “Nossa música reflete nossa forma de enxergar o mundo. O carimbó é pedagógico e acessível: qualquer pessoa pode dançar, tocar, viver junto”, afirma Dawidh Maia, do Toró Açú.


O diretor Gerson Dias ressalta que a escolha do feat reafirma o DNA do festival: “O Psica sempre busca valorizar a cultura amazônida feita por mãos pretas e indígenas. O carimbó é regionalidade e ancestralidade. Não existiria Psica sem ele em destaque no line-up. É nosso patrimônio mais rico, que precisa ser mostrado ao mundo.”


Serviço:
@FestivalPsica 2025 - O Retorno da Dourada, dias 12, 13 e 14 de dezembro, na Cidade Velha e do Mangueirão, em Belém.
Passaporte Psica à venda AQUI:



#Psica

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