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16 de dez. de 2025

Entre encantarias e aparelhagens, Psica vira patrimônio cultural e faz a maior edição da história


    A edição entrou para a história como a maior já realizada pelo festival, reunindo um público de 110 mil pessoas ao longo dos três dias de programação


Imagem: divulgação.
Imagem: divulgação.

Por Gil Sóter — Belém(Pará), Amazônia.

16/12/2025 - 07h00


O Festival Psica 2025 confirmou, em sua 14ª edição, o lugar que ocupa hoje no cenário cultural brasileiro: o de um dos maiores festivais independentes do país e o principal palco da música amazônica em diálogo com o Brasil e o mundo. A edição entrou para a história como a maior já realizada pelo festival, reunindo um público de 110 mil pessoas ao longo dos três dias de programação. Realizado entre os dias 12 e 14 de dezembro, em Belém, o evento foi histórico não apenas pelo crescimento — 25% a mais na venda de ingressos em relação ao ano anterior —, mas também pelo reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial de Belém do Pará.a.


Com mais de 70 atrações nacionais e internacionais distribuídas entre o centro histórico da Cidade Velha e o Estádio do Mangueirão, o Psica reuniu artistas consagrados, nomes da cena contemporânea e expressões populares que ajudam a contar a história musical da Pan-Amazônia. Ao longo de três dias, o festival reafirmou seu conceito central: mostrar o Brasil a partir do Norte, com diversidade, protagonismo e pertencimento.


Homenageada da edição, Dona Onete, aos 86 anos, subiu ao palco para apresentar o espetáculo Quatro Contas, um show inédito que reuniu mais de 20 artistas, entre músicos, brincantes da cultura popular e o povo do terreiro do Tambor de Mina e transformou o Mangueirão em território de religiosidade e celebração ancestral. “É o show dos meus sonhos”, declarou a cantora, ao ver sua obra atravessar gerações diante de um dos maiores públicos de sua trajetória.


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Pela primeira vez no Psica, Wanderley Andrade, ícone do brega pop e do calipso, roubou a cena ao abandonar o palco e cantar em cima de um banheiro químico, no meio da multidão — performance que virou símbolo da edição marcada por aparelhagens, pirotecnia e pela forma única de fazer festas como só a periferia do Norte sabe fazer.


“O Psica se posiciona hoje no cenário nacional com a cultura paraense e nortista em lugar de protagonismo. No Norte, a gente é abrangente, diverso, plural”, resume Jeft Dias, diretor e curador do festival.


Com cerca de 3 mil pessoas envolvidas diretamente na produção, o Psica 2025 gerou emprego e renda a partir da economia criativa e reafirmou a cultura como eixo de desenvolvimento. O crescimento de público, a diversidade da programação e o reconhecimento como patrimônio cultural consolidam o festival como uma das experiências mais relevantes do calendário cultural brasileiro.


“O Psica sempre foi um espaço para mostrar o Brasil a partir do Norte. Nesta edição, unimos gerações e estilos, do samba ao brega, do rap ao rock, do carimbó à música eletrônica, sempre a partir da perspectiva amazônica”, diz Gerson Dias, diretor e curador do festival.



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