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‘Black Christ’, novo álbum do rapper paraense Daniel ADR, mostra Jesus preto e periférico
De pele escura, mestiça, Jesus se parece com cada um dos jovens periféricos que tombam todos os dias vítimas da violência, da discriminação, da falta de oportunidade
#Música
Jesus Cristo é um mano preto, caboclo. Cria das quebradas da Amazônia. Entre balas e sonhos, tem bravura para se manter de pé. Mais do que isso: quer voar, quer amar, quer a revolução. Em “Black Christ”, Daniel ADR, prodígio da cena do rap do Pará, traz a emblemática figura do salvador injustiçado e morto e dá a ele contornos de uma realidade crua, marcada pelo racismo e pela revolta, mas também repleta de pulsão de vida: paixão, fé, arte, vontade de subverter as estruturas de opressão e brilhar.
Misturando trap, drill e rhythm and blues, Daniel ADR apresenta o disco que chega às plataformas digitais nesta sexta-feira, 29 de março.
O álbum traz o novo momento da carreira do rapper, que se afasta de rimas pop e festivas, e mostra um lado mais intimista e sensível do artista. Provocativo, Daniel ADR coloca em cena um Cristo longe da mitologia que o faz loiro e de olhos azuis. De pele escura, mestiça, Jesus se parece com cada um dos jovens periféricos que tombam todos os dias vítimas da violência, da discriminação, da falta de oportunidade.
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“São jovens que poderiam ser salvadores das suas casas, das suas famílias, e acabam se perdendo pelo caminho, caindo pro crime, pro tráfico”, diz ADR .
O Cristo preto humaniza o corpo preto. “Por que quando Cristo é branco, a morte dele choca, mas quando é um preto, ninguém chora? Por que quem é contra o aborto aplaude o assassinato de gente preta? Que cristianismo é esse, afinal? ”, questiona.
Serviço: Acesse o pré-save AQUI. (@_daniel_adr)
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