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Editora paraense se sobressai no mercado sem deixar de valorizar autores locais


CAPA - DENTRO DE UM PEIXE MARCOS SAMUEL COSTA (ILHA DO MARAJÓ) / Divulgação.


Nesta segunda-feira, (12/10) é celebrado o “Dia Nacional da Leitura”, um importante marco na cultura do país. Através dele, discussões e reflexões são promovidas a fim de fomentar, valorizar e expandir o mercado literário brasileiro. Aqui, no Pará, pequenas editoras paraenses são exemplos de como gerenciar e fazer crescer negócios de forma sustentável, mesmo em meio à crise. São empresas que trabalham a formação e consolidação de público leitor oferecendo livros de qualidade e de acesso cada vez mais democratizado.




Uma destas editoras é a Folheando, dirigida por Douglas Oliveira, que também é seu publisher. Com mais de 100 títulos publicados, tem autores de Moçambique, Portugal e Japão, chegando, inclusive, a comercializar alguns dos seus títulos em Lisboa. Global, sem esquecer do local, boa parte dos autores da editora são paraenses, que procuraram a casa editorial por conta de seu profissionalismo, cuidado e preços acessíveis.



Douglas Oliveira - Imagem: divulgação.


Para Douglas Oliveira, um dos maiores desafios encarados pelas editoras paraenses é transpor as barreiras de logística e distribuição do Pará. “Se comparado com estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, etc., o Pará ainda possui poucas livrarias, poucos espaços que fomentem a leitura. Mas o maior desafio está em gerar novos leitores, atrair os olhares do leitor local, uma vez que este é muito voltado para fora.”, detalha.




A Editora Folheando surgiu em 2017, na periferia de Belém do Pará, precisamente no bairro do Tenoné. É uma editora independente voltada para a divulgação de novos autores locais e nacionais. Surgiu com o primeiro livro, a “Antologia A voz da palavra”, lançada na Feira Pan- Amazônica do Livro, em 2018. A obra selecionou 33 autores brasileiros de diversos estados, incluindo o Pará.




Em 2019, a Folheando foi a única editora paraense a estar presente na disputa das principais premiações literárias, como Prêmio Oceanos, Prêmio Jabuti e Prêmio da Biblioteca Nacional. Este ano não foi diferente. Desde 2018, apoia o Prêmio Literário Literatura & Fechadura, promovido por uma revista literária de São Paulo. O mesmo já premiou um autor paraense (2018) e uma paulista (2019).



CAPA - A CORRIDA DOS BICHOS ANA CLARA FERREIRA DA SILVA - (RONDON DO PARÁ - 9 ANOS DE IDADE) / Divulgação.


A Folheando lançou em 2019 o Prêmio Uirapuru, voltado para a premiação de obras inéditas a nível nacional. O projeto recebeu o convite da direção da LER – Salão Carioca do Livro, para ser lançado naquele ano na cidade do Rio de Janeiro. Ainda em 2019, à convite da Fundação Cultural do Pará, percorreu o estado juntamente com a instituição, dando oficinas de escrita literária, e edição de livro para autores iniciantes e sem condições financeiras para publicação.




A Folheando lançou em 2019 o Prêmio Uirapuru, voltado para a premiação de obras inéditas a nível nacional. O projeto recebeu o convite da direção da LER – Salão Carioca do Livro, para ser lançado naquele ano na cidade do Rio de Janeiro. Ainda em 2019, à convite da Fundação Cultural do Pará, percorreu o estado juntamente com a instituição, dando oficinas de escrita literária, e edição de livro para autores iniciantes e sem condições financeiras para publicação.



CAPA - A CIDADE DAS PORTAS ADONIS VOX (BELÉM) / Divulgação.


Um dos projetos da Folheando consiste na difusão do livro através de preços acessíveis ao público, além de oficina de leitura e escrita. A editora já promoveu bate-papo em escolas públicas de Belém, em livrarias, etc. Mesmo em época de pandemia, a editora conseguiu apresentar um bom número de publicação e engajamento de seus leitores. A empresa prova que a periferia tem força e que o Pará tem muito que mostrar para o mundo em termos de literatura.




Para o editor da Folheando, a leitura é um direito humano. “Não existe sociedade progressista sem o acesso à leitura/educação. O conhecimento obtido e produzido a partir da leitura (do livro) não é exclusivo (ou não deveria ser) de uma classe, ele é livre e pertence à humanidade”, afirma Douglas.



Para o publisher, suprimir a leitura da vida de um homem é tirá-lo o direito de cidadão, jogá-lo no poço da ignorância. “Aí mora o perigo, uma sociedade que não lê está fadada ao atraso, tanto social, quanto cultural, tecnológico, político, etc. Portanto, a leitura é indispensável ao homem, o livro é essencial ao desenvolvimento humano. O que me move é o sonho de poder ver o paraense (e o cidadão brasileiro) cada vez mais inserido no mundo da leitura, fisgado pelo desejo de conhecimento, isso é libertador.”, finaliza.



Texto: Tiago Julio Martins (Assessoria de Comunicação)

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