As narrativas orais são passadas boca a boca, de pai para filhos, de avós para netas. Muitas se perdem com o tempo, ao passo que os contadores se vão. Por isso o Projeto de pesquisa e extensão Imaginário nas Formas Narrativas Orais da Amazônia Paraense (IFNOPAP) está, há 25 anos, trabalhando para que as narrativas locais se mantenham vivas, não só no imaginário popular, mas também na vida dos amazônidas. Para registrar um pouco da história dessa iniciativa, a Na Cuia - Produtora Cultural, com apoio da Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), produziu o documentário de curta-metragem “IFNOPAP: Uma Nascente de Histórias”, que agora está disponível nas plataformas de streaming de vídeo.
Dirigido pela realizadora audiovisual, Luisa Brasil, além de apresentar imagens históricas das localidades amazônicas visitadas e de seus habitantes, o filme traz o relato da professora Socorro Simões, idealizadora e coordenadora do projeto, e de diversas pessoas que passaram pelo IFNOPAP e ajudaram a construí-lo, entre elas, o escritor e pesquisador abaetetubense João de Jesus Paes Loureiro.
O documentário que teve sua estreia na 23° Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em Belém, também percorreu os municípios de Marabá e Baião e agora está disponível no canal da produtora cultural Na Cuia.
O IFNOPAP - O Imaginário nas Formas Narrativas Orais da Amazônia Paraense é um projeto de extensão e pesquisa vinculado à Faculdade de Letras da Universidade Federal do Pará, que, por meio de seminários embarcados, viajou por toda a Amazônia paraense coletando narrativas do imaginário amazônico da capital e dos municípios do interior do estado. Foram 133 locais visitados, entre a Amazônia urbana e ribeirinha.
Desde 1994, o projeto navega entre rios e florestas, documentando histórias contadas por ribeirinhos, pescadores e entre outros habitantes da Amazônia, que, juntas, somam mais de 5 mil narrativas. São relatos de vida, visagens, mitos e lendas que envolvem seres encantados e tantos outros personagens do imaginário amazônida, alguns já bastante conhecidos dos paraenses e outros nem tanto assim.
Texto: Na Cuia - Produtora Cultural
Fonte: UFPA
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