Lançado em Novembro, "Amazônia Ímpar" é o primeiro álbum do percussionista Márcio Jardim, integrante fundador do Trio Manari, grupo referência em percussão amazônica. O músico apresenta seu lado compositor e arranjador, ressaltando tambores e parceiras com um de seus “padrinhos” musicais, Jacinto Kahwage, e seu filho, Willian Jardim. É um novo divisor de águas em sua carreira.
Márcio Jardim foca em seu trabalho autoral, reunindo 8 composições gravadas a partir de um set com 7 tambores específicos, montados pelo músico para compor os arranjos,
criando bases rítmicas e melodias que imprimem, neste disco de música instrumental, sotaques únicos de Carimbó, Marabaixo e toda a ancestralidade do Batuque Afro-amazônico. São 02 Colepuias, 01 Curimbó, 01 Barricão, 01 Djembe, 01 Batá e 01 Quinto, dos quais surgiram as melodias.
“Tem tambores da Amazônia, mas também de Cuba e da Venezuela, pois resolvi misturar esse set de percussão da Amazônia, do Brasil e do mundo. todas as melodias foram criadas a partir dos eu sempre quis fazer um disco pensando na percussão, que geralmente é secundária, quando junto com a bateria. Neste meu trabalho a percussão vem na frente e criamos um set de percussão para fazer base percussiva como se fosse uma bateria, mas não a percuteria e sim os tambores, onde tem a divisão dos médios, graves e agudos”, explica Márcio.
Márcio Jardim apresenta nesta obra de estreia como solista, um belo trabalho de música instrumental, um disco ímpar como a região Norte, trazendo sotaques de Carimbó, Marabaixo e toda ancestralidade do Batuque Afro-amazônico, frutos de uma pesquisa de longa data sobre os ritmos amazônicos feita pelo músico, construindo assim verdadeiras pérolas dessa diversidade e tradição sonora, em diálogo com as harmonias do Jazz e com os diversas estilos e gêneros da música universal.
A produção executiva e a direção artística do trabalho são de Carlos “Canhão” Brito Jr., que participou de todo o projeto. “O processo todo contou com o Canhão que tem sido muito importante nesse disco e na minha carreira, pelo entendimento dele da percussão, da música e a seriedade e força dele como produtor”, afirma.
“Estou muito feliz em poder contribuir com o trabalho desse Amigo Irmão que os tambores me trouxeram, é uma celebração a arte, a amizade mesmo, pois ele gravou com os filhos (William e Wesley), Luiz Pardal, Jacinto Kahwage, Adelbert Carneiro que são pessoas muito importantes na trajetória dele. Traz ainda texto do Ronaldo Silva, letra do Allan Carvalho e também é dedicado ao Mestre Sebastião Tapajós, com quem o Márcio conviveu e aprendeu muito até sua partida”, complementa Canhão.
Márcio nasceu em família de músicos e teve contato com a percussão muito cedo através de rodas de samba em sua casa onde foi seu primeiro palco. Desde então passou a se dedicar à música, tendo como seu primeiro instrumento, o pandeiro. Iniciou seus estudos no conservatório Carlos Gomes, na turma de percussão clássica, com o gosto pela música e por sua dedicação, logo se tornou membro do grupo de percussão.
Com o passar do tempo e com a ajuda de dois amigos também percussionistas (Kleber Benigno e Nazaco Gomes), iniciaram um grupo de estudos, daí então surgiu o Trio Manari, onde passaram a ser reconhecidos não somente no estado do Pará como também no Brasil e no Mundo.
Serviço: Álbum "Amazônia Ímpar”, o primeiro disco solo do percussionista Márcio Jardim, em todas as Plataformas Digitais de distribuição da música. (Instagram
Texto: Luciana Medeiros (91) 98134-7719 (Holofote Virtual)
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