Após muito tempo fora do Brasil, Joaquim retorna à sua “planície dos quintais”, memoriosa “pátria de desânimos”. Exilado pelo governo militar implantado no país em 1964, ele encontra uma nação dividida ao meio no segundo turno das eleições de 1989. Mas, o retorno é motivado para que acompanhe a agonia dos dias finais de vida do pai, um militante de esquerda, na cidade natal, Souza dos Caetés. Nessa volta, Joaquim se vê frente a um pai que não conhecia, a um grande amor do passado, e aos amigos de outros tempos.
Essa é a sinopse do primeiro romance do escritor Alfredo Guimarães Garcia, “Enquanto meu pai morre” (Pará.Grafo, 2019), que será lançado nesta sexta-feira, 29, na Casa das Artes (Rua Arcebispo D. Alberto Gaudêncio Ramos, 236, ao lado da Basílica de Nazaré), a partir das 19 horas, no auditório Alexandrino Moreira, após uma Roda de Conversa com o autor e um pocket show de composições do escritor com diversos parceiros musicais.
A narrativa se passa no ano de 1989, mas faz um ir e vir entre os anos 60, especialmente durante a Ditadura Militar (1964-1985), e a conturbada década de 1980. Com sutileza e firmeza de um narrador experimentado, Guimarães Garcia entrelaça as memórias familiares do personagem Joaquim, costurando-as com a História contemporânea do Brasil, especialmente quando do segundo turno da já aludida eleição de 89, a primeira após mais de 20 anos de tutela militar. “Vivi esse período todo, já que nasci em 1961 – portanto sou um dos chamados Filhos da Revolução – e acompanhei como adolescente e estudante do ensino médio os estertores dos desmandos militares na década perdida, que foi a de 1980, segundo os economistas; fui votar para presidente da República somente com quase 30 anos de idade. Procurei pincelar no romance um pouco disso”, esclarece o escritor.
SERVIÇO
Lançamento do livro “Enquanto meu pai morre” (Pará.Grafo, 2019), primeiro romance do escritor Alfredo Guimarães Garcia, nesta sexta-feira, 29, na Casa das Artes (Rua Arcebispo D. Alberto Gaudêncio Ramos, 236, ao lado da Basílica de Nazaré), a partir das 19 horas, no auditório Alexandrino Moreira.
Contatos para entrevistas: (91) 98874-8444; 98453-9496 (zap).
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