
Considerado um dos mais importantes prêmios literários do país na descoberta de escritores inéditos, o Prêmio Sesc de Literatura, lançado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) em 2003, identifica escritores inéditos, cujas obras possuam qualidade literária para edição e circulação nacional. Na edição de 2021, os vencedores do prêmio foram o paraense Fábio Horácio-Castro, com o romance “O réptil melancólico”, e o
pernambucano Diogo Monteiro, com a coletânea de contos “O que a casa criou”. E para fortalecer esse vínculo com a literatura, o Sesc promove presencialmente na capital paraense a cerimônia de lançamento dos livros premiados, nesta quarta-feira (17/11), às 19h, no Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, com a presença do autor paraense ganhador. A entrada é franca.
Além de incluir os autores em programações literárias do Sesc, o Prêmio também abre uma porta do mercado editorial aos estreantes: os livros vencedores são publicados pela editora Record e distribuídos comercialmente pela editora, com uma tiragem inicial mínima de 2.000 exemplares, e ainda será distribuído para toda a rede de bibliotecas e salas de leitura do Sesc em todo o país. Mais do que oferecer uma oportunidade a novos escritores, o Prêmio Sesc de Literatura cumpre um importante papel na área cultural, proporcionando uma renovação no panorama literário brasileiro.

Há 18 anos, o Prêmio Sesc de Literatura revela anualmente dois escritores, sempre nas categorias Romance e Conto. Nesse período, se tornou uma das mais importantes premiações do país, ao oferecer oportunidades a novos escritores contribuindo para impulsionar a renovação no panorama literário brasileiro. O Prêmio é considerado referência por críticos literários, escritores brasileiros e visto como porta de entrada para o mercado editorial do país.
Sobre os livros vencedores
O réptil melancólico fala de colonialidade, colonialismo e colonização. De questões de identidade e pertencimento. Dos sentidos e das narrativas da história. Das alegorias sobre a Amazônia e da Amazônia como alegoria. A narrativa parte do retorno de Felipe para sua cidade, após longa estadia fora do país. Ele seguira para o exílio na primeira infância, levado por sua mãe, militante política perseguida e torturada pelo regime militar brasileiro. Nesse processo de retorno, reestabelece contato com sua família paterna, particularmente com seu primo Miguel, que está fazendo o processo oposto: o de partir da cidade.

O que a casa criou é um livro sobre o espanto. Todos os seus 16 contos, inclusive o que dá nome ao volume, tratam de alguma forma sobre a possibilidade de encontrar o inusitado a qualquer momento, na virada de uma esquina ou no abrir de uma porta. São histórias sobre a fragilidade do real e do nosso confortável conceito de realidade, e sobre como a quebra dessa normalidade age sobre pessoas, lugares e coisas.
Sobre os autores
Fabio Horácio-Castro, paraense e jornalista de formação, tem 52 anos, é professor universitário e venceu com o romance O réptil melancólico. “É a minha primeira participação no Prêmio Sesc e não esperava vencer na categoria. Escrevo mais sobre pesquisas relacionadas ao Amazonas. Como eu tinha um projeto deste livro, aproveitei o isolamento da pandemia, finalizei a obra e me inscrevi. Fiquei muito contente com o retorno”, comemora.
Já o pernambucano Diogo Rios Monteiro, de 43 anos, também é jornalista e atua com pesquisa de opinião e estratégia. Ele venceu com a coletânea de contos O que a casa criou. “Sempre escrevi e participava de algumas coletâneas, mas nunca tinha pensado no Prêmio. Este ano, tive um livro infanto-juvenil publicado pela primeira vez, o Relógio de Sol. Agora, será a segunda vez que coloco uma obra para o público com o Prêmio Sesc, na categoria conto”, destaca. Mais informações em www.sesc.com.br/premiosesc .

Serviço: Lançamento dos livros vencedores do Prêmio Sesc de Literatura 2021
Data: 17/11/2021 Horário: 19h
Local: Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso *(Boulevard Castilhos França,
522/523 – Campina/ Belém-PA) Entrada Franca. Informações: (91) 4005-9583
Texto: Coordenação de Comunicação do Sesc Pará
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