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Grupo de Teatro Palha comemora 41 anos com apresentação do espetáculo "O Quarto"

#GrupoDeTeatroPalha


Imagem: Bruno Moutinho / Divulgação.

O grupo de Teatro Palha completa 41 anos de resistência artística em Belém no próximo dia 3 de setembro. Para comemorar, o grupo, que se reinventou durante a pandemia da Covid-19, apresenta o espetáculo O Quarto na próxima quinta-feira (2), às 20 horas,

durante a programação estendida de reabertura do Theatro da Paz e dá continuidade ao projeto "De menina à mulher: tortura que ela não atura", que leva à periferia da região metropolitana palestras, oficinas formativas e um espetáculo direcionado às mulheres em situação de vulnerabilidade social.




Em 1980, o diretor Paulo Santana, junto a um grupo de seis atores, funda o grupo de teatro Palha e no mesmo ano estreiam o espetáculo "Jurupari, a Guerra dos Sexos", um texto de Márcio Souza, do qual o nome Palha surge, em referência ao material utilizado nos figurinos deste primeiro espetáculo . A partir daí, ao longo das décadas, o grupo imprime na cena teatral da cidade de Belém uma trajetória única, marcada pelo resgate da dramaturgia regional, com forte influência de João de Jesus Paes Loureiro, além da adaptação de grandes clássicos. "Iniciamos a trajetória do grupo com a preocupação em trazer esse olhar para a nossa realidade, cultura e a população amazônica, uma marca que carregamos até hoje", explica Santana.




Dos textos de Bertold Brecht à Ramon Stergmann, o olhar de Paulo imprimiu sempre um grande vigor cênico por parte do atuante e encenação desafiadoras, trazendo excelência aos espetáculo apresentados. São 28 espetáculos ao longo destas mais de quatro décadas. Paulo relembra que, por ser um grupo vindo da periferia, se preocupa em manter o olhar atento sobre a cidade, para que o público se reconheça nela. "Podemos não enriquecer fazendo teatro, mas o que nos põe no mercado é a qualidade do nosso trabalho, o cuidado com o que chega ao público".





O grupo já se apresentou em diversos estados do país, especialmente capitaneado pela

produção de Tânia Santos, que entende a importância do seu passado mas se adapta e

vislumbra o seu trabalho no futuro. Para o que virá, o grupo deseja dias melhores aos

espaços da cidade, que viu um crescimento populacional também do teatro na cidade,

porém ela ainda conta praticamente com os mesmos teatros de 40 anos atrás. "Aprendi a trabalhar com teatro fazendo teatro no grupo Palha, lá se vão quatro décadas, e eu me sinto tão jovem quanto nos anos 80", conclui Santana.




Comemoração


Por conta das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o grupo não pôde

comemorar suas quatro décadas no ano passado, e vê na possibilidade do reencontro com o público e, atualmente, no trabalho social, motivos para comemorar sua resistência. Dentro da programação estendida de reabertura do Theatro da Paz, o grupo apresenta o espetáculo O Quarto, uma pesquisa em duas das obras do dramaturgo brasileiro Plínio Marcos que explora o submundo e a miséria humana. Com Kesynho Houston, Bonelly Pignatario e Abigail Silva, a apresentação terá entrada franca, sendo necessário retirar o ingresso duas horas antes do espetáculo mediante a entrega de um quilo de alimento para doação.



Imagem: NANAN / Divulgação.


Projeto Social


O grupo realiza, atualmente, o projeto "De menina a mulher: tortura que ela não atura", com patrocínio da Embaixada da França no Brasil e apoio da Secretaria de Articulação e

Cidadania do Governo do Estado e o programa Territórios pela Paz (TerPaz). A iniciativa

busca levar conscientização, orientação, oficinas de empreendedorismo e diálogos sobre a violência contra à mulher para moradoras dos bairros do Bengui, Cabanagem, Terra Firme, Guamá e Jurunas, Nova União (Marituba) e Icuí (Ananindeua).




O projeto atualmente está nos bairros do Bengui e Cabanagem, seguindo um cronograma até o final do ano em todos os outros bairros listados. Cinco oficinas serão ofertadas às mulheres previamente inscritas: confecção de bolsas, grafite, confecção de bonecas abayomi, estamparia em tecidos e maquiagem.





Ao final haverá a culminância das oficinas, com apresentação dos trabalhos realizados e feirinha empreendedora, onde os produtos confeccionados poderão ser comercializados, fomentando a geração de renda. O espetáculo "180: a mulher do fim do mundo", do Grupo de Teatro Palha, que fala sobre violência contra a mulher em diversos aspectos, também será apresentado em cada bairro, em vídeo, em cumprimento aos protocolos de segurança sanitária contra a Covid-19.



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Texto: Leandro Oliveira (91) 98492-7371 (Assessoria de Imprensa)



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