O açaí é o mais poderoso alimento amazônico. E vai além disso. É um elemento que perpassa a ancestralidade e a cultura ribeirinha. Neste domingo (28/11), I Feira da Cadeia Produtiva do Açaí de Igarapé –Miri traz a Belém a riqueza do universo que deriva do povo da floresta e sua relação com o fruto. A programação conta com exposição de artesanatos, shows de carimbó e estreia de documentário. O evento começa às 9h e segue até 13h, no Teatro da Estação Gasômetro, com entrada franca.
A imersão no universo do açaí será conduzida pela comunidade da floresta, da região do Meruú, de Igarapé-Miri, que sozinha é responsável por uma safra que movimenta cerca de R$ 100 milhões ao ano. O município é o maior produtor do fruto no Pará, estado que é líder da atividade no país, responsável por 94% do que é produzido em território brasileiro.
“O objetivo da Feira é mostrar a trajetória do açaí, desde a cultura alimentar até o fruto como um grande negócio, além da questão folclórica, cultural das lendas amazônicas. Esse aspecto é fundamental porque quando você evidencia esses costumes que estão sendo esquecidos, você reforça a identidade da comunidade florestal. A Feira faz todo esse diálogo”, destaca o presidente da Federação das Cooperativas da Agricultura Familiar do Estado do Pará (Fecaf), César Marinho.
Folclore e identidade: A programação conta com a estreia do documentário “Lendas e causos do Rio Meruú”, e bate-papo com o cineasta Eduardo Souza, da Mekaron Filmes. O filme foi gravado em novembro deste ano, na comunidade de Nazarezinha.“A ideia é retratar esses personagens ribeirinhos que são praticamente invisíveis na noção que a maioria das pessoas tem do açaí. Um produto que se tornou mundial, muito famoso, mas a verdade é que ninguém tem ideia de quem está por trás dessa produção, que é um processo árduo, perigoso. Há muito por trás desse produto. A ideia é revelar essas pessoas que estão por trás desse processo, mas revelá-las de forma mítica, a partir de seu imaginário que é tão forte. Tentamos unir duas coisas: o registro da memória da vida ribeirinha, que é muito pouco registrada, e as pessoas que estão por trás desse processo do açaí”, conta Eduardo.
Um dos maiores nomes da gastronomia amazônica, o chef Ofir Oliveira, à frente do projeto Sabor Selvagem, conduz o bate-papo "Açaí de várzea, açaí do futuro". Voltada para crianças, será realizada a oficina “Brincar com açaí”. A Feira também traz música, com shows do Carimbó de Igarapé-Miri e Grupo Manipará.
Serviço
I Feira da Cadeia Produtiva do Açaí de Igarapé-Miri será realizada neste domingo (28/11),
em Belém. A programação começa às 9h e segue até 13h, no Teatro da Estação
Gasômetro. ENTRADA FRANCA.
Texto: Gil Sóter (91) 98942-4037 (Assessoria de Imprensa)
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