#ExposiçãoNoMemorialDaCabanagem

Mais uma etapa das obras de restauração do Memorial da Cabanagem, situado no Complexo Viário do Entroncamento, foi entregue no dia 21 de agosto, pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult). Agora, o espaço conta com área administrativa; banheiros masculino, feminino e para pessoas com deficiência; além de guarita com copa e banheiro para os guardas. Na cripta, foi aberta a exposição "Memória Cabana" e a videoinstalação "Revolução Cabana", junto a uma intervenção artística sobre os túmulos, com os nomes de 1.953 cabanos que participaram do levante popular.
A gestão do espaço passou a ser responsabilidade do Governo do Estado, via Secult, no início de 2019. Desde então, o Memorial da Cabanagem já recebeu pintura, paisagismo, encaminhamento de pedestres e um novo projeto luminotécnico. A secretária de Estado
de Cultura, Ursula Vidal, esteve presente durante o ato de entrega e ressaltou a necessidade de manutenção do monumento como um símbolo de nosso patrimônio arquitetônico e de valorização da memória histórica do Pará.
“Desde o início do governo, temos cuidado com carinho desse espaço, que tem o traço genial de Oscar Niemeyer - o mais importante arquiteto brasileiro da contemporaneidade. O monumento, que foi encapsulado pelo anel viário do Entroncamento e passou anos sendo um símbolo do abandono, precisa ser reapropriado pela população, visitado, pesquisado; se tornar um espaço de descobertas e aprendizados. Nesta segunda etapa da revitalização, promovemos o conforto necessário para que os visitantes se sintam bem-vindos. Os oito painéis, a vídeo instalação e a intervenção artística com os nomes de mais de 1.900 revolucionários cabanos trazem recortes importantes deste capítulo de luta social e política que tem papel fundante na identidade do povo paraense”, pontua a secretária.

VISITAÇÃO
A exposição estará aberta à visitação de terça a domingo, das 9h às 17h, até o mês de dezembro. A entrada é gratuita. Para o curador da mostra e diretor do Sistema de Museus e Memoriais (SIMM/Secult), Armando Sobral, é importante trazer esses espaços para sua reinserção no plano urbano da cidade e também do circuito cultural da capital.
“O memorial foi um espaço extremamente prejudicado pelas diversas intervenções no seu entorno. Ele tem uma simbologia que é muito forte para nossa história, para nossa cultura, e essa exposição não vem apenas reatar a relação com o Memorial, vem fortalecer também as nossas relações identitárias com a nossa história. Esse é o grande legado que a obra de Niemeyer deixou aqui na Amazônia”, destaca o curador.
Texto e fonte: Thaís Siqueira (SECULT) / Agência Pará