Cantadas em inglês, as letras abordam temas como violência policial, pedofilia e crime na igreja, poluição e desastre ambiental, além de corrupção política. Esse cenário de intoxicação mental, espiritual e social que passa a sociedade nos dias de hoje deram ao disco um conceito não planejado inicialmente.
“Esse álbum não foi pensado de forma conceitual, mas a seleção das faixas acabou criando, naturalmente, essa atmosfera voltada para diferentes contextos que colaboram para criar o mundo caótico e perto de um colapso que presenciamos atualmente”, diz Uirá Seidl, fundador e vocalista da banda.
O músico destaca o engajamento político e social em pelo menos 70% das composições, como uma necessidade de se posicionar. “Sempre fui o principal letrista da banda e considero isso essencial, uma vez que vivemos num país assolado por muitas mazelas, e não consigo me imaginar montando uma banda totalmente alheio a este momento tenebroso que presenciamos no Brasil, de ascensão do Neo-Fascismo e de uma crescente intolerância e cultura de ódio”, diz.
Formada em 2015, a Dead Level já passou por festivais como o “Carnival Diablo 3”, “Parque Rock Fest 2” e ``Xaninho Festival II'', dentre outros eventos. Em 2016, a banda foi finalista do CCAA FEST 2016, e lançou os primeiros trabalhos fonográficos o primeiro EP, autointitulado, e depois um 2-track EP, ambos com boa repercussão no canal estrangeiro do Youtube, “especializado” em Stoner: “MR.DOOM” (mais de 100.000 inscritos) e com resenha positiva da mídia alternativa, como o Blog britânico “Desert Psychlist”. Uma de suas características é a composição das letras em inglês e não português.
“A banda surgiu inicialmente como uma banda cover, até fazer suas composições, já em inglês a partir de 2016, tendo em vista a pegada da banda: Stoner, Doom, Hard Rock, que ao meu ver casam melhor com letras na língua inglesa. Como a cena Stoner é extremamente forte na América do Norte e Europa, vi isso como mais um fator para tomar esta decisão”, continua Uirá Seidl.
O álbum contou também com Fause Pereira na guitarra, Arthur Fonseca no baixo, e Beto Brasil na bateria, além dos músicos convidados que fizeram parte da banda, como o Leonardo Venturieri (guitarrista), Aramys Souza (guitarrista) e Paulo Siqueira (baixista), que tocaram e compuseram parte do repertório. Em 2021, já foi lançado o “lyric video" de “God of gloom”, faixa que estará no álbum.
“Foi um esforço coletivo de diversos músicos que colaboraram para construir a história da banda. Importante destacar também a contribuição relevante do produtor Andro Baudelaire, que mixou e masterizou o álbum, no seu estúdio, o Abbey Monsters”, conclui Uirá.
Serviço
Lançamento do álbum: 10 de março nas plataformas digitais. Acompanhe a banda
pelo Instagram @deadlevelstoner. No dia 9 de abril haverá show de lançamento do álbum com participação de várias bandas, no Parque dos
Igarapés. Em breve os ingressos antecipados estarão à venda de forma presencial e
online.
Texto: Luciana Medeiros (Holofote Virtual)
Palavras-Chaves
Commentaires