Cachoeira do Arari está recebendo esta semana as oficinas do Festival Cordão do Galo, que se estendem para uma programação aberta ao público, de 27 a 29 de agosto (sexta-feira a domingo), no Salão Paroquial da Igreja de Nossa Senhora da Conceição. No local haverá roda de conversa, apresentações musicais, exposição fotográfica, oficina, espetáculo teatral para as crianças e feira criativa. As atividades terão limite de público e seguirão todas as recomendações de prevenção à covid-19, como o uso de máscara.
A programação é uma adaptação do Cordão do Galo, cortejo de rua realizado anualmente em Cachoeira do Arari, desde 2008. Concebido como “brinquedo popular”, representado na figura de um galo de cerca de dois metros, esse ícone faz alusão ao padre italiano, naturalizado brasileiro, Giovanni Gallo, que em 1972, fundou o Museu do Marajó, assim como ao imagético dos quintais, nos quais são comuns as criações desses animais.
“O projeto atende a necessidade de reflexão sobre a musicalidade local, evidenciando a singularidade do instrumento Caixa de Boi-Bumbá, artefato sonoro de folguedo popular, representativo dos saberes e fazeres da comunidade; e torna-se ação de salvaguarda da Festividade do Glorioso São Sebastião”, acrescenta Walter Figueiredo, do Instituto Arraial do Pavulagem, uma das instituições parceiras do festival.
SEM CORTEJO
Sem poder realizar o cortejo, já que este naturalmente formaria aglomerações e teria pouca possibilidade de atenção às medidas de prevenção à covid-19, decidiu-se pelo formato de festival. O projeto foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, no edital “Festivais Integrados”, da Secretaria de Estado de Cultura, Governo do Pará e Ministério do Turismo. Sua realização conta ainda com a parceria da Associação Musical João Vianna, Irmandade dos Devotos do Glorioso São Sebastião, Museu do Marajó e Prefeitura de Cachoeira do Arari.
OFICINAS: “O projeto prevê ainda uma contrapartida social pela sua realização, que são oficinas realizadas nas comunidades da região, como a do Bacuri, onde ocorre uma oficina de instrumento musical, encerrando nesta terça-feira, 24; e em Japuíra, onde as mulheres estão retomando o trabalho com as panelas de barro”, ressalta Walter Figueiredo. Estas oficinas criativas se estendem até quinta-feira, 26, incluindo vários outros saberes, como a produção de cavalinhos do brincante de Boi-Bumbá, com o Mestre Tiuá e os artesãos do boi-bumbá “Ponta de Ouro”, no ateliê do Mestre Piticaia.
*Todas as atividades ocorrem no Salão Paroquial da Igreja de Nossa Senhora da
Conceição, em Cachoeira do Arari, com acesso gratuito e público limitado.
Texto: Lais Azevedo (91) 99940-9715 (Assessoria de Imprensa)
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