
No final de abril (30), Marcelo Ramos lançou o álbum “Maré Virou pra mim”. Multi- instrumentista, Marcelo possui 20 anos de carreira, construída entre o samba e o choro. Agora, traz ao público o seu primeiro trabalho autoral e conta com as participações de vários músicos e cantores conceituados na cidade. O “Maré Virou pra mim” vem marcar a trajetória desse músico.
Em 11 faixas, o instrumentista e compositor, Marcelo Ramos entrega a sua sonoridade marcada pelo samba, em mais de 20 anos de música. O paraense Marcelo Ramos é natural do bairro do Guamá, periferia de Belém do Pará. No bairro que ele cresceu, aflorou nele também a malandragem saudável do samba. Marcelo é um músico preto, o
típico músico brasileiro que encontrou dificuldades para se estabelecer, que encontrou preconceitos. E as suas músicas denotam, sobretudo, uma paciência. A começar pelo nome do disco: “Maré virou pra mim”, entregando que – finalmente – é hora de exaltação de um instrumentista que se dedica há anos às rodas de samba e choro, passando por noites em casas de serestas e boates.
Das 11 faixas, em pelo menos 9 o samba é a base. A amálgama brasileira rende ao disco assuntos próprios de quem vive as ruas e o terreiro: fala-se amor, de orixá, de vida fora e dentro dos trilhos. Os letristas que regam a poesia das traquejadas harmonias de Marcelo parecem incorporar uma única personagem que frequenta esses temas com o mesmo perfil. Dudu Neves, Muka de Souza, Marcelo Sirotheau e Carla Cabral provavelmente se renderam aos muitos causos contados por Marcelo, um fiscal nato da natureza humana e seu cotidiano, conhecedor dos subúrbios e terreiros.
Com formação erudita e de escola de samba, o compositor Marcelo Ramos sabe bem o que faz em cada acorde e quebrada. E no álbum poderemos ouvir exatamente os tambores servindo aos caminhos harmônicos. Das rodas de choro na Casa do Gilson e das rodas de samba em muitos lugares na região, Marcelo teve a oportunidade de acompanhar diversos artistas e perceber os vários itinerários possíveis em cada instrumento que toca, como violão, cavaquinho, piano e bandolim. E toda essa perícia só enriquece o primeiro trabalho fonográfico do artista.
Sua vivência traz uma segurança e uma forma de compartilhamento muito serena ao trabalho, que foi feito com muito diálogo entre compositor, músicos, técnico, produção, cantor e cantoras. O resultado é um álbum límpido, com sonoridade de fácil recepção, onde a musicalidade é fluída.
“Vai por mim”, “Praça da saudade”, “Vida vadia” e “Outro adeus” são alguns dos títulos que reúnem ritmos como ijexá, canção, partido-alto e choro canção, unidos em um trabalho. “Maré virou pra mim” é uma louvação ao samba e também aos sonhos da periferia, dos projetos sociais e daqueles que acreditam no potencial criativo dos artistas independentes.
Na técnica, o álbum teve Assis figueiredo na gravação, mixagem e masterização; produção executiva, produção musical e elaboração de projeto cultural de Carla Cabral, direção musical e arranjos do próprio Marcelo Ramos; coordenação do projeto de extensão EMUFPA/FADESP de Raul Vitor Oliveira Paes; gestão administrativa do projeto de extensão por Lorena Moreira; projeto gráfico de Maia Miriam e Karol Amaral; fotografia de Marcelo Lelis.
Serviço: Album “Maré virou pra mim” de Marcelo Ramos
Onde: Plataformas digitais (Spotify / Apple Music / Deezer / Tidal/ Amazon Music /
Claro Música / Youtube Music / Napster)
Facebook: @marceloramossamba e Instagram: @marcelosramossamba
Texto: Nathália Cohén (91) 99171-7900 / Assessoria de Comunicação